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Tricologia

Cosmiatria Capilar

A cosmiatria capilar é um conjunto de cuidados com os cabelos, para deixar os fios saudáveis e bonitos.
 
Inclui o uso adequado de shampoo e condicionador para limpeza; produtos para hidratação e reconstrução.
 
Aqui estão alguns artigos selecionados para a orientação e cuidados com o fio do cabelo.
Cabelo
O cabelo tem três fases de vida: anágena, catógena e telógena. Na fase anágena a raiz está profunda e as células estão se dividindo intensamente neste local.

Esta fase é considerada a fase de crescimento capilar e dura cerca de 4 anos.

Na fase catágena há diminuição da divisão celular e a raiz superficializa. É uma fase intermediária que dura cerca de 3 semanas.

Na fase telógena as células param de dividir e o folículo esta muito superficial. Nesta fase o cabelo cai e o processo inicia novamente. É considerado a fase de repouso e dura cerca de 3 meses.

O cabelo faz este ciclo constantemente ocorrendo cerca de 20 ciclos durante toda a vida.

O fio de cabelo é formado pela cutícula (parte externa e envoltória), córtex (parte intermediária) e parte interna (medula). A cutícula é a proteção do fio de cabelo. Há escamas que se encaixam e formam este envoltório. Quando a cutícula está desgastada e perde pedaços o cabelo fica ressecado e com pontas duplas. O córtex é formado de células queratinizadas e proteínas como queratina, cisteína e melanina. A medula é o coração da hoste do fio de cabelo e sua função é desconhecida.

O cabelo quando envelhece tende a afinar progressivamente. Fatores hormonais, genéticos e ambientais favorecem este afinamento. Aos 20 anos o cabelo é espesso, bem queratinizado e com cutícula integra. Pode haver problemas específicos em cada pessoa (anemia, hipotiroidismo, entre outros) que provocam queda, mas caso contrário o cabelo é perfeito.

Aos 30 anos já há discreto afinamento e a cutícula já apresenta rachaduras deixando as pontas mais secas.

Dos 40 aos 50 anos ocorrem mudanças hormonais, baixa de estrógeno, afinamento e queda mais intensas. O estrógeno é o hormônio positivo e estimulante para o cabelo e portanto sua diminuição dificulta o crescimento e o estímulo da espessura . Neste período devido a processos químicos de tintura o cabelo está bem ressecado.

Após os 60 anos o cabelo fica muito fino, frágil e seco. As fragilidades individuais tendem a se acentuar. Algumas mulheres tem a calvície senil. O estrógeno se mantém baixo e dificulta o crescimento e reposição capilar.
 
Estrutura
O cabelo possui uma complexidade impar. São diversas estruturas vivas integradas ao nosso organismo e que existem com a função de proteger certas regiões, como o couro cabeludo contra a ação do frio, do calor e da luz solar. O fio de cabelo (ou haste capilar) é formado por três partes (de fora para dentro, respectivamente), cutícula, córtex e medula.

A estrutura do fio é basicamente constituída de queratina, proteína que possui alta concentração de cisteina – aminoácido responsável pela elasticidade e flexibilidade dos fios.

A cutícula, camada externa, é composta por células de quetatina sobrepostas como escamas e tem como função proteger o córtex (parte mediana) contra agressões externas (sol, vento, poluição…) além de manter a maciez e o brilho das mechas. Cabelos bonitos e com brilho possuem a cutícula íntegra e saudável, com suas escamas encaixadas de forma perfeita, bem fechadinhas, envolvendo a haste capilar, que é a parte visível do fio. Quando a cutícula é agredida, ela racha, abre e se desprega, formando as conhecidas pontas duplas.

O córtex e a parte interna mais importante do fio, sendo responsável pela elasticidade e resistência do cabelo. É também formado por queratina e, no seu interior, dentro das células queratinizadas, é composto por melanina – proteína responsável pela cor dos fios.

Já a camada mais interna do cabelo é a medula. Seu canal pode estar vazio ou preenchido por queratina esponjosa. Ao sofrer impacto de produtos químicos agressivos ela pode se quebrar até desaparecer.

No couro cabeludo saudável existem cerca de 100 a 150 mil fios, que têm sua origem nos folículos capilares localizados na raiz do cabelo. A densidade capilar está relacionada ao número de folículos e ao número de hastes capilares que nascem em cada um deles. Ou seja: quanto mais hastes nascem por folículo, mais cheias são as mechas. A média, na idade adulta e dentro da normalidade, são cerca de 300 folículos por cm2 do couro cabeludo e, em cada um deles, devem crescer por volta de quatro hastes.

Essas quantidades dependem, principalmente, além da genética, da idade de cada pessoa. É normal ocorrer variação no volume de cabelos ao longo da vida. Durante a fase adulta é esperado que haja com o passar do tempo e de forma bem lenta, uma diminuição no número de folículos e também de fios por folículo. Sendo assim, o ser humano tem uma maior quantidade de cabelos durante adolescência e cerca de três vezes menos aos 80 anos de idade.

 
Envelhecimento do cabelo
O que é?
A saúde do cabelo tem relação com a alimentação, herança genética, estado de saúde, idade e hábitos ligados ao cabelo.

O envelhecimento do fio é um processo contínuo que sofre influências da genética, da idade e dos fatores ambientais. Basicamente o fio vai ficando mais fino e também, com a cutícula desgastada, mais poroso e ressecado. Este processo é acelerado pelas agressões da radiação ultravioleta, pelos poluentes, por procedimentos químicos, pelas doenças, pelo envelhecimento e também é mais rápido em quem tem calvície. A idade na qual se começa a perceber o envelhecimento capilar é após os 50 anos, sendo que na mulher, a menopausa também intensifica o processo.

Para prevenir, é importante cuidar da alimentação, hidratação, tratamento sistêmico da calvície, proteção em relação ao sol e evitar o fumo. Lavar com frequência para evitar a dermatite seborreica, com xampu adequado para o tipo de cabelo, além de evitar calor em excesso – secador.

Quando há queda de cabelo é necessário checar doenças internas, como problemas na tireoide e também regimes violentos, dieta inadequada, estresse intenso entre outros. Lembramos que regimes desequilibrados podem enfraquecer os cabelos. É importante procurar o dermatologista, que é quem cuida dos cabelos, sempre que necessário. Hoje são utilizadas drogas como a finasterida, além de suplementos como biotina, zinco, taurina entre outros. Também o minoxidil e o 5-alfa estradiol auxiliam no tratamento de queda e do fio muito fino.

Luzes como LED, lasers de baixa potência, tratamentos com CO2, radiofrequência mais fatores de crescimento são utilizados como coadjuvantes no tratamento capilar. Também é importante para a saúde do fio de cabelo manter os níveis normais de ferro, ferritina e vitamina D.

Exposição solar
A exposição aos raios UV pode induzir a oxidação das moléculas de enxofre dentro da haste capilar, que são importantes para a força dos cabelos. Quando ocorre essa oxidação, os cabelos se tornam quebradiços, ressecados e ásperos.

Os cabelos descoloridos ou com luzes podem também apresentar pequenas mudanças de cor quando expostos aos raios UV. O cabelo loiro pode desenvolver um “foto descoloramento”, deixando-o amarelado. Até mesmo os cabelos castanhos podem mudar de cor, tendem a desenvolver uma coloração avermelhada, devido à oxidação dos pigmentos de melanina.

Para proteger seus cabelos dos danos causados pelos raios solares, procure usar condicionadores “leave-in” que contenham óxido nítrico.

Outra proteção são os bonés e chapéus feitos com trama fechada e também com proteção solar específica. Hoje existem roupas e chapéus com essa característica.
Cuidados para manter os fios saudáveis
1.Alimentação equilibrada com proteínas e vitaminas (carne vermelha tem que ser ingerida, pois tem ferro que é necessário para a força do fio de cabelo).

2.Praticar atividades físicas: libera endorfinas, tem poder antioxidante e benéfico para o metabolismo celular.

3. Lavagem adequada: tirar o excesso de resíduos para não obstruir poros.

4. Tratar e evitar a dermatite seborreica e oleosidade, que contribuem para a queda.

5. Evitar água muito quente, pois ativa as glândulas sebáceas e resseca o fio.

6. Não dormir com os cabelos molhados, pois aumenta a oleosidade.

7. Não abafar os cabelos com bonés ou chapéu por longo períodos -  pode piorar o quadro de oleosidade e dermatite.

8. Usar xampus específicos para o seu tipo de cabelo.

9. Fazer hidratação e máscara capilar, principalmente após tratamentos químicos.

10. Utilizar na rotina reparadores de ponta ou óleos hidratantes.

11. Uso oral de vitaminas. Produtos com vitaminas e princípios ativos como biotina, zinco, selênio, piridoxina,cisteína são os principais nutrientes que interferem na qualidade do fio.
Glutaraldeído
O que é?
Glutaraldeído, glutaral, aldeído glutárico, pentano-1,5-dial ou 1,5 pentanedial é um aldeído saturado, de odor forte, muito utilizado em desinfetantes e esterilizantes ambulatoriais e hospitalares, devido a sua ação anti bacteriana.

É uma substância conservante utilizada na fabricação de alguns produtos com o objetivo de evitar a proliferação bacteriana. Esta é a única atribuição da substância permitida em produtos cosméticos pela legislação. Ele portanto não é um produto próprio para uso capilar.
 
O glutaraldeído têm uso permitido em produtos cosmecêuticos capilares pela Anvisa (órgão regulador),  apenas na função de conservante (com limite máximo de 0,1%), para evitar a proliferação de micro-organismos, devendo ser usado somente durante a fabricação do produto, desde que atendidas as normas estabelecidas pela legislação.
 
Por que algumas pessoas têm usado esse produto para alisar os fios?
Ele foi substituído pelas formulações que continham formol, após a proibição pela ANVISA, que proibiu o uso de qualquer produto contendo formaldeído em concentrações acima de 0,2% para cosméticos e 0,5% para esmalte de unha.

Assim, o formaldeído, foi substituído por uma substância 10 vezes mais neurotóxica e mutagênica pertencente ao mesmo grupo ALDEÍDO: o GLUTARALDEÍDO. As soluções vendidas em lindos frascos de 500ml ou 1litro, não são legalizadas. Muitos produtos contém um falso rótulo de liberação da ANVISA.

Foi “vendido” e rotulado como nova forma de diminuir o volume dos cabelos, sendo chamada de escova progressiva de aminoácidos. Mas, normalmente não contém somente aminoácidos, mas também algum agente oxidante, que intensifica o efeito liso, porém, danifica o cabelo e pode trazer riscos a saúde.

O glutaraldeído funciona como agente oxidante e tem sido acrescentado a outros cosméticos para intensificar o efeito alisante nos cabelos. Por ter um pH alto, dilata e abre a cutícula, permitindo assim a entrada do produto no interior do fio, reforçando seu efeito. Desse modo, muitas pessoas estão se submetendo aos mesmos riscos do uso do formol., muitas vezes sem conhecimento.

O formol, o glutaral (glutaraldeído) é um conservante/esterelizante - e não um alisante químico. A escova progressiva com uso de glutaraldeído e formol é proibida pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por apresentar riscos e muitas restrições. A legislação sanitária permite o uso de formol e glutaraldeído em produtos cosméticos capilares apenas na função de conservantes (com limite máximo de 0,2% e 0,1%, respectivamente).

Observação: A “escova inteligente”, “progressiva”, “de chocolate”, entre outras denominações, normalmente utilizam glutaraldeído ou formol, e são técnicas utilizadas pelo profissional cabeleireiro, sem regulamentação da Anvisa.

Vale lembrar que, acrescentar qualquer outra substância a um produto acabado, pronto para uso, constitui infração.

Quais são os perigos de usar essa substância nos cabelos? O que pode acontecer? O que ele pode causar nos cabelos e na saúde?
Alguns dos efeitos colaterais do glutaraldeído para alisamento de cabelos são: queimaduras químicas, vermelhidão, descamação do couro cabeludo, queda do cabelo, ardência nos olhos, sensação de queimação nos olhos e boca, falta de ar, tosse, dor de cabeça, dor de garganta e reações alérgicas graves. Em situações extremas pode ocorrer: dificuldade para respirar, enjoo, vômito, vertigem e desmaio Nestas situações, é bom procurar um médico o quanto antes.

 Exposições repetidas podem causar feridas na boca, narina e olhos, além de câncer nas vias aéreas superiores (nariz, faringe, laringe, traquéia e brônquios), podendo até levar a morte, segundo informações da Anvisa (http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/escova_progressiva.htm).

Há especialistas que defendem que o uso de substâncias químicas, como o glutaraldeído usado nos cabelos com a finalidade de alisamento, pode alterar o DNA das células, aumentando o risco do desenvolvimento de câncer.

Além dos efeitos colaterais sistêmicos, há dano na haste capilar (fio) que pode ficar ressecada, enfraquecida e com tendência a quebra. Se os cabelos não tiverem uma manutenção adequada, com hidratação intensa, pode haver danos da haste como, pontas duplas, ressecamento, opacidade e tendência de quebra.

Outro problema é a forma de aplicação, que muitas vezes é inadequada, com exagero no tempo de uso do produto nos fios, além de lavagens inadequadas pós procedimento.

Quais seriam as alternativas saudáveis e permitidas?
As organizações de saúde no Brasil e em outros países, alertam que apenas os “relaxadores” químicos, são oficialmente legalizados e seguros para serem usados como alisantes capilares.

Existem substâncias ativas específicas com propriedades alisantes como ácido tioglicólico, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio, hidróxido de lítio, hidróxido de guanidina que são permitidas pela legislação.

É importante reforçar que, mesmo estes produtos aprovados, não devem ser usados indiscriminadamente, pois alteram a estrutura química dos fios.

ILÍCITOS:
Formol/GLUTARAL/Ac. Glioxílico e carbocisteína.

Alguns cuidados recomendados:Hidratar: existem várias substancias à base de silicone que conseguem fazer com que os fios se recuperem e deixem a cutícula (camada externa do fio) menos quebradiça e com aparência saudável. Lembrando que isso é possível até certo ponto, porque quando já houve um grande rompimento da cutícula, não se consegue recuperá-la.

A escova progressiva não deve ser utilizada por quem tinge os cabelos, nem por quem tem qualquer outra química nos fios. Pois, pode levar a danos ainda mais sérios, como mudança da cor dos cabelos, além do aspecto muito quebradiço e queimado. 

Lavar imediatamente a cabeça e procurar um médico se, durante a aplicação da química, você tiver ardor, queimadura, descamação, visão embaçada, dor de garganta, irritação no nariz, tosse, vertigem, dificuldade para respirar, que são alguns dos efeitos colaterais do formol e glutaraldeído.
Se o cabelo ficar quebradiço, interromper o procedimento químico (seja tintura ou alisamento) e esperar o crescimento de novos fios que substituirão o cabelo danificado.

Usar condicionador que irá fechar a agir na cutícula, diminuindo a eletricidade estática e aumentando a maleabilidade e brilho.

Evitar o uso de alisantes que não sejam aprovados pela Anvisa. Peça, se possível, que o cabeleireiro mostre a embalagem do produto.

Evitar dormir de cabelos molhados.

Os cuidados com o sol e a alimentação também influenciam a saúde dos cabelos.
Tintura para Cabelos
Tingir o cabelo apresenta riscos para a saúde? Quais?
Normalmente as tinturas PERMANENTES contém em suas fórmulas e preparações, 3  substâncias químicas que interagem com o fio. São elas:

1. AMÔNIA – É um dilatador, aumenta PH do produto e abre cutícula
2. PÉROXIDO DE HIDROGÊNIO (H2 O2 )– ou água oxigenada é um agente oxidante inorgânico. O termo “volume” indica a concentração e a força das soluções de H2O2. A maioria dos colorantes utiliza volume 10 (3%) e 20 (6%) de peróxido de hidrogênio. Clareadores e descolorantes, possuem concentrações mais altas, 40 (12%).
3. PARAFENILENODIAMINA ((PPD) –Colorante.
A amônia, é responsável por abrir a cutícula (camada externa dos fios) e facilitar a penetração do pigmento da tinta no córtex (camada interna da haste), que é responsável pela força e elasticidade do cabelo. A substância que atingir o córtex, é capaz de mudar a forma e estrutura do fio de forma definitiva.

Assim, a amônia com o seu PH alcalino, irá  permitir a abertura da cutícula e penetração total no córtex. Ela funciona como um dilatador para o pigmento poder atingir o córtex.

A partir dai, ocorre o processo de oxidação, com a participação do peróxido de hidrogênio (H2O2) em uma alta concentração (6%) que irá levar a oxidação e dissolução da melanina (pigmento do fio). A coloração permanente resulta em uma oxidação entre o H2O2 e o PPD (parafenilenodiamina).

A utilização da amônia e peróxido em tinturas, irá deixar os fios ressecados, opacos e com tendência a quebra. Além disso, pode ser irritante ao couro cabeludo e causar problemas no couro cabeludo, como coceira, vermelhidão e dermatites irritativas.

O PPD ou os paraminofenóis, têm potencial alérgico e muitas vezes causam dermatite de contato nos usuários.
Se durante a aplicação da química, houver ardor, coceira, queimadura ou outra reação alérgica, é preciso interromper o procedimento, enxaguar bem e buscar ajuda médica.

O maior problema do uso continuo e excessivo de tinturas, é o dano da haste (fio), causando perda de brilho, enfraquecimento e ressecamento. Todos este problemas levam a perda de luminosidade, maleabilidade, maciez e sedosidade, com maior potencial de quebra.

Gestantes podem tingir os cabelos? Se não, por quê?
 
A orientação para gestantes deve ser: Está proibido nos três primeiros meses, qualquer tipo de tintura, clareamento ou reflexo. Além da amônia e do iodo, estes produtos costumam conter metais pesados como chumbo, que são proibidos na gravidez. Nem mesmo a Henna deve ser utilizada, pois muitos produtos são de qualidade discutível, podendo oferecer riscos à saúdedo feto.
 
Couto e al fizeram estudo retrospectivo em mães de criança com leucemia linfocitica e mielóide  aguda e achou provável correlação com tinturas e alisantes no primerio trimestre de gestação. Portanto, essas substâncias são proibidas pelo risco de Leucemia e Neuroblastoma.
 
Tinturas, alisamentos, relaxamentos, escovas progressivas (inteligentes, chocolate e outros nomes) e qualquer hidratação que contenha formol, mesmo que na quantidade permitida pela Vigilância Sanitária, também estão proibidas. Há estudos que defendem que o uso de substâncias químicas como o glutaraldeído e a carbocisteína (usados em produtos com a finalidade de alisamento) podem alterar o DNA das células, aumentando o risco do desenvolvimento de câncer.
 
A liberação para realização de tintura, reflexo ou alisamento deve também ser discutida com o médico ginecologista.
 
Quais são os métodos mais saudáveis de colorir as mechas?
 
O uso tinturas GRADATIVAS, TEMPORÁRIAS E SEMIPERMANENTES são menos agressivas a haste (fios) porque não utilizam os produtos químicos mais agressivos como Amônia, peróxido de hidrogênio e parafenilenodiamina. As tinturas com pigmento natural (HENNA), são menos agressivas porque utilizam pigmento NATURAL e não sintético como a maioria.
 
GRADATIVAS (gradual)
 
No tipo de tintura gradual utilizam-se produtos caseiros que dão tom após vários dias de uso. São utlizados corantes de sais de metal pesado como chumbo, bismuto ou prata e essas particulas do metal reagem com resíduos de cisteína da cutícula para formar metais sulfídicos, os quais se depositam lentamente na haste, proporcionando pigmentação gradual.
Não utiliza peroxido de hidrogenio, o dilatador (amônia) e não contem parafenilnediamina (pPD).
Têm a vantagem de serem práticos, de uso domiciliar e possuir efeito gradual.
 
Utilizam corantes com moléculas de alto peso molecular que não penetram na cuticula do cabelo, por isso não possuem H2O2, dilatadores como amônia e parafenilenodiamina.
Em geral, saem na primeira lavagem, exceto se o cabelo foi danificado e encontra-se poroso por tratamentos químicos anteriores, o que deixa efeito mais prolongado pois a penetração é mais profunda.
Eles têm a vantagem de não danificar haste e a desvantagem de manchar roupas e sair com a lavagem.
 Sao utilizados para uso recreativo, dar brilho ao tom original, quando há menos de 15% cabelos brancos pois não cobrem fios grisalhos
Muito utilizada para diminuir o amarelamento dos cabelos brancos.
 
SEMI PERMANENTES
 
Semi permanente utilizam corantes de baixo peso molecular, permitindo a difusão nas camadas cuticulares mais externas, sem se ligar firmimente a proteína do cabelo por NÃO UTILIZAREM AMÔNIA.
Também não necessitam do peroxido de hidrogênio e portanto não danificam a cuticula.
Precisam de teste de contato antes pois podem conter a parafenileno diamina (PPD) que tem potencial alérgico.
Estas tinturas duram até 8 lavagens e têm a vantagem de causar pouco dano à haste capilar
Porém, o efeito no cabelo quimicamente tratado pode ser imprevisivel  e há um certo dano de haste.
 
As colorações sem amônia são as menos agressivas para os fios, pois mantém o córtex integro e muitas vezes danificam pouco a cutícula. A cor sai facilmente, após algumas lavagens, dependendo do tipo de coloração e fabricante – é importante verificar a embalagem de cada produto e a duração estimada do procedimento.
São boas opções, especialmente indicadas para cabelos que já têm algum tipo de química.
 
Quais cuidados devemos tomar ao tingir o cabelo?
 
O mais importante na hora de tingir é a saúde dos cabelos. Para um bom resultado no tingimento é importante que o couro cabeludo esteja saudável. Produtos inadequados, cabelos muito danificados, alteração do couro cabeludo, profissionais inexperientes, podem causar danos importantes ao fio.
Busque realizar o procedimento com profissional especializado.
É importante optar por produtos que são enriquecidos com condicionantes e nutrientes que ajudam a blindar e fortalecer os fios durante o procedimento.
Fios muito danificados precisam de tratamentos mais leves, ou com produtos sem amônia ou oxidantes mais baixos, que não agridam tanto a estrutura do fio.
Após o procedimento é preciso muito cuidado, com o uso de xampus, condicionadores e cremes apropriados, além de hidratação contínua. Se os cabelos não tiverem uma manutenção adequada nas semanas seguintes, pode haver danos, como pontas duplas, fios quebradiços e a aparência de fios queimados.
Evitar exposição a radiação UV- que contribui para dano capilar e tem impacto direto com perda cor
 
ESPECIAL ATENÇÃO A REAÇÕES ALÉRGICAS:
No rótulo está indicado a necessidade de fazer o teste alérgico antes de utilizar o produto no couro cabeludo.
² Reação alérgica (pPD)- verificar no rótulo as especificaoões quanto ao risco potencial alérgico e necessidade de fazer teste de sensibilidade.
² Potencial Irritação- H2O2/Amônia
 
O mesmo serve para quando descolorimos?

 
• Descoloração é o processo que tira os pigmentos dos fios com o objetivo de se atingir  tons muito claros. Pode haver remoção parcial ou total da melanina natural do cabelo (pigmento). O método mais comum envolve o uso do peroxido de hidrogênio a 12%  em base alcalina (amônia).  Inicialmente os grânulos de melanina  são dissolvidos e o fio fica marrom-avermelhado. Em seguida, ocorre a etapa de descoloração. O mecanismo de ação não é totalmente explicado, porém acredita-se que a primeira fase envolva destruição de diferentes ligações químicas que mantém as partículas de pigmento, enquanto a segunda parece envolver a ruptura da estrutura da melanina. O processo também destroi algumas pontes dissulfeto da queratina do cortex, que enfraquece o fio (dano ao cortex). Há dano à cutícula que faz com que os cabelos fiquem porosos.
• HÁ DANO AO CORTEX E CUTÍCULA- muito agressivo
• Quanto mais escuro o fio, mais tempo o produto deve ficar nos cabelos e maior será o dano.
• Ruivo é mais dificil de despigmentar que castanho.
• O método mais comum utiliza-se o peróxido a 12% (6% na tinturas) em base alcalina (amonia). É portanto bem agressivo à haste.
• É dependente de tempo e dificil de controlar. Longos períodos de permanência como 1-2h podem danificar intensamente os fios. Após remoção da cor, aplica-se tintura permanente ou semi para dar tom desejado.
 
Vários cuidados devem ser tomados. É importante realizar o procedimento com profissional da área, e nunca tentar fazer em casa. Pessoas que fazem relaxamento, progressiva ou usam algum produto que tenha uma base química, devem evitar o uso de descolorante ou se fizerem, aguardar 2 semanas para descolorir.
 
Procure evitar a descoloração ou tingir os cabelos em intervalos muito curtos. O ideal é tonalizar apenas, principalmente se já houver relaxamento nos fios.
 
Não clarear mais que 3 tons para evitar muito dano a haste.
 
Hidratar sempre: existem várias substancias à base de silicone que conseguem fazer com que os fios se recuperem e deixem a cutícula (camada externa do fio) menos quebradiça e com melhor aparência. Lembrando que isso é possível até certo ponto, porque quando já houve um grande rompimento da cutícula, não se consegue recuperá-la.

Se o cabelo ficar muito quebradiço, interromper o procedimento químico (seja tintura ou alisamento) e esperar o crescimento de novos fios que substituirão o cabelo danificado. 
Frizz
O QUE É O FRIZZ NO CABELO?
O frizz é a repulsão entre os fios de cabelo, que gera uma carga elétrica, que são os fios arrepiados e esvoaçantes. É um problema muito comum e frequente. Este acúmulo de eletricidade estática é causado principalmente pela fricção- trauma como o ato de pentear por exemplo.
  
QUANDO ELE APARECE?
Vários motivos podem causar o frizz: cabelo muito ressecado, excesso de secador e chapinha, falta de hidratação, xampu inadequado ao tipo de cabelo, uso de produtos químicos e o clima.

Os xampus e tratamentos químicos aumentam a carga eletrostática dos fios (carga negativa) o que é compensado pela aplicação de creme rinse catiônico (carga positiva). Isso gera o acúmulo de residuos na cutícula, particularmente na endocutícula, na área da junta entre as camadas celulares, denominada complexo da membrana celular. Tais resíduos aumentam a eletricidade estática do cabelo, elevando as escamas, deixando-os com aspecto esvoaçante, esticado, difíceis de pentear e com aparência desagradável.

Quando o frizz é exagerado, pode ser resultado de frequentes procedimentos químicos, que alteram a estrutura dos fios, como por exemplo, alisamentos.
 
COMO ELE PODE SER COMBATIDO?
No frizz, as cutículas da fibra capilar estão muito abertas e comprometem a estrutura do fio, que fica sem forma.
Para evitá-lo, a principal dica é manter o cabelo hidratado, pois, a fibra capilar funciona como uma espécie de esponja; se ela estiver muito ressecada, acaba absorvendo mais a umidade do ar, deixando os fios arrepiados, piorando o frizz. 

Além da hidratação, é importante evitar a exposição excessiva ao calor de secadores e chapinhas.

A APLICAÇÃO DE ÓLEO PODE AJUDAR?
Agentes condicionantes são substâncias que visam desembaraçar, facilitar o penteado, diminuir a agressão dos efeitos físicos e químicos aos quais os cabelos são submetidos diariamente, como o simples ato de pentear, mantendo o aspecto cosmético do fio, a maciez, diminuindo o aspecto esvoaçado (carregadas positivamente, como amônias quaternárias monofuncionais ou poliméricas), em combinação com alcoóis graxos de cadeia longa ou outros.

O xampu deve ser seguido da aplicação de condicionadores para lubrificação da fibra e diminuição da eletricidade que provoca o efeito frizz. Quanto maior a umidade relativa do ar, maior o efeito frizz. O condicionador evita que o excesso de umidade do ar penetre nos fios, pois o filme do silicone exerce a função de barreira. O resultado é um cabelo disciplinado por todo o dia.

O óleo, assim como vários outros produtos, ajudam na hidratação dos fios e, portanto, auxiliam na redução do frizz. Reparador de ponta também auxilia; deve ser usado em pouca quantidade, pois o excesso pode deixar os fios opacos e sem vida.
Cílios
Alongamento e espessamento
Foi aprovada nos Estados Unidos uma nova droga para alongamento e espessamento dos cílios.

A substância ativa deste produto é da família dos prostaglandinas e a princípio foram usados para tratamento da pressão intraocular.

Um remédio chamado Lumigan utilizado para tratamento do glaucoma colateral, mostrou como efeito colateral o aumento, alongamento e espessamento dos cílios.

Foi realizado um protocolo com 280 voluntários que usaram o Latisse por 16 semanas 1 vez ao dia.
Os cílios alongaram 25% (vinte e cinco), espessaram 106% (cento e seis) e escureceram 18% (dezoito).

Após a análise deste estudo a droga foi aprovada pelo FDA para essa indicação cosmética.

Especialistas discutem o tema havendo controvérsias principalmente por ser um medicamento para uma doença específica que possa ser usado para uma indicação estética.

Durante o estudo foram relatados efeitos colaterais leves como avermelhamento e coceira nos olhos.

A apresentação do produto será semelhante às máscaras de alongamento para que o produto não entre nos olhos.
Novos estudos estão sendo realizados para comprovar sua eficácia e segurança.

O produto deve demorar pelo menos 1 (um) ano para chegar ao Brasil.

Na dermatologia...

...o correto diagnóstico é fundamental para o tratamento ideal a cada paciente.