(11) 5185-0570

(11) 99906-9663

Rua Arnolfo de Azevedo, 84 - Pacaembú - São Paulo - SP - 01236-030

Clínica

, ID:25
22 Set 2020

Acne

O que é acne? 
A acne é dermatose crônica, comum em adolescentes, caracterizada por lesões inflamatórias, principalmente na face. É uma doença do folículo pilossebáceo na qual vários fatores interferem; genético, hormonal, hiperprodução sebácea, hiperqueratinização bacteriana e colonização bacteriana pelo Propionibacterium Acnes.

Pode ser classificada genericamente em acne primária (vulgar) ou secundária (hormonal, cosmética, escoriada, solar). No primeiro caso, trata-se da acne de adolescentes e adultos jovens. Então, a predisposição genética, estimulada pelo início da produção hormonal, favorece o desenvolvimento das lesões clínicas. No caso da secundária, ocorre um processo mais específico, em que determinado elemento, como um corticosteróide ou sol, pode ser o fator causal.

Como diagnosticar
O diagnóstico é baseado, principalmente, no quadro clínico que se caracteriza por vários tipos de lesões. Ocorrem comedões, pápulas, pústulas, nódulos e abscessos localizados na face, ombros e porção superior do tórax.

A dermatose costuma ser classificada conforme a lesão predominante. A acne comedoniana acontece quando a maioria das lesões são comedões. O nódulo ou nódulo cístico acontece quando há predominância de lesões nodulares, císticas e abscessos. Já a conglobata apresenta cistos severos e intensos.

A extensão, a duração da inflamação na acne e também sua severidade são determinadas por variações individuais na resposta imune ao Propionibacterium acnes ou a qualquer de seus produtos metabólicos. Muitos casos melhoram espontaneamente, conforme o individuo termina a adolescência e entra na fase dos vinte anos.
O tratamento é baseado no conhecimento de fatores etiopatogênicos, como colonização pelo Propionibacterium acnes, hipersecreção sebácea, inflamação e oclusão do orifício folicular. Os objetivos incluem a melhora do quadro infeccioso e da aparência física, minimização de cicatrizes e prevenção dos efeitos psicológicos adversos.
Os tratamentos são variados e baseados na etiopatogenese da acne e depende da resposta individual. A isotretinoína é o único tratamento que induz resultados permanentes, mas em muitos pacientes não é aceita devido aos muitos efeitos colaterais.
 
Como tratar
 
Retinóides
Os retinóides tópicos, como tretinoína e isotretinoína, agem no defeito da queratinização, diminuindo o sebo e o tamanho da glândula sebácea. Além disso, expulsam os comedões maduros, suprimem o desenvolvimento de novos microcomedões inibem a reação inflamatória e melhoram a penetração de outros agentes ativos. A isotretinoína tem efeitos similares em efetividade àqueles da tretinoína, clareando lesões acnéicas e causando menor irritação.

Os retinóides agem em receptores específicos com vários mecanismos de ação, tais como normalização da proliferação e diferenciação da epiderme; diminuição da liberação de prostaglandinas, leucotrienos e citoqueratinas, inibição da quimiotaxia dos neutrófios, etc.
 
Antibióticos Tópicos
Os antibióticos tópicos diminuem o crescimento da população de Propionibacterium acnes na superfície cutânea, principalmente na região do folículo pilossebáceo. Eles também reduzem a quantidade de ácidos graxos livres e diminuem a quimiotaxia dos leucócitos, provocando efeitos antiinflamatórios.
 
Terapia Combinada
O tratamento com associação de princípios ativos é comum na acne e propicia vários benefícios, como melhor posologia e aderência do paciente, facilidade de uso da medicação a longo prazo e potencialização da ação terapêutica. Estas vantagens devem ser levadas em conta principalmente no tratamento dos adolescentes.

A combinação de substâncias ativas numa mesma medicação depende de alta tecnologia para manter a estabilização e a capacidade de ação. Entretanto, essas associações satisfazem os anseios de eficácia e praticidade, que são exigências do mundo moderno.
+ Saiba Mais
, ID:27
08 Set 2020

Alergia e Eczema

O que é?
Alergia é uma manifestação do organismo provocando inflamação e coceira relacionado ao uso local ou sistêmico de qualquer substância. A alergia pode ser manifestar na pele e no sistema respiratório causando conjuntivite, sinusite, rinite e até asma. Quando a alergia se manifesta na pele pode apresentar diversas formas como: urticaria, eczema, eritema polimorfo entre outros.

A alergia de contato que significa ter avermelhamento, coceira, descamação no local do contato da substância. Dermatite de contato por irritante primário significa que a substância tem o potencial irritativo e pode danificar a barreira cutânea. Isso acontece com produtos químicos como: álcool, detergente, que mudam de pH e agridem a pele. Neste caso, não há sensibilização do organismo e a pessoa não se torna alérgica.

Na alergia de contato por sensibilização a pele entra em contato com alguma substância como por exemplo o perfume de um creme para envelhecimento que provoca reação no sistema imunológico. Nesse caso, são acionadas células especiais que identificam uma rejeição àquela substância e recrutam células inflamatórias que provocam eritema, inchaço, coceira e aumento da temperatura no local.

Não nascemos com alergia, porém uma vez alérgico sempre alérgico. Isso acontece, porque as células do sistema imunológico denominadas de linfócitos T guardam para sempre na memória a alergia desenvolvida. Quando ficamos sensibilizados ou alérgicos a uma determinada substância, toda nossa pele tem essa informação e, portanto, podemos ter reações a distância da área do contato.

Como diagnosticar?
A alergia de contato ou eczema de contato pode ser diagnosticado pela aparência clínica, histórico e teste de contato.
 
O teste de contato
Trata-se de uma bateria de substancias padronizadas que colocamos na pele com um adesivo especial. Essas substancias permanecem na pela por cerca de 48 ? 72 horas sendo feita então a leitura.
  • Negativo: sem reação.
  • Positivo: quando houver algum eritema
  • Positivo: quando houver avermelhamento mais forte e coceira
  • Positivo: quando houver avermelhamento e vesículas com muita coceira.

O teste de somente pode ser feito depois da melhora das lesões e quando a pessoa não estiver mais medicada. O teste de contato principalmente quando segue a bateria padrão é bastante exato e fidedigno.
 
Como tratar a alergia e o eczema?
O tratamento passa por eliminar e retirar o uso do produto ou a substância que causa a alergia. Se for diagnosticada a alergia à borracha, a pele daquele individuo não pode mais entrar em contato com a borracha, pois está alérgico para sempre.

A lesão inflamada é tratada com cremes e pomadas de corticoides que são substâncias antinflamatórios e combatem o avermelhamento, a coceira e a inflamação. A pele afetada também precisa ser hidratada com cremes leves e calmantes. Muitas vezes devido a intensidade do quadro utilizam-se corticoides por via oral ou injetáveis. Também são usados antialérgicos e anti-histamínicos.

O tratamento com o medicamento é feito por pouco tempo até a melhora do quadro. O local da alergia fica vermelho e depois escurecido e a pele vai vagarosamente voltando ao normal. Podem existir reações cruzadas e o indivíduo que tem alergia ao níquel pode ter eczema por ingerir alimentos que também tenham níquel.

Após o tratamento e melhora do quadro é importante conscientizar o indivíduo da sua alergia para evitar o contato com a substância provocativa. O tratamento correto da alergia depende de paciência, interação com o médico, eliminação da causa e cuidados gerais com a pele.
 
+ Saiba Mais
, ID:28
22 Jul 2020

Alteração das unhas

O que é?
As unhas são anexos cutâneos e formadas por diferenciação de alguns segmentos da pele. Elas possuem muita queratina e estão envolvidas no processo de proteção do organismo em relação ao meio externo. As unhas, até mais do que a própria cútis, são termômetros do que está ocorrendo no organismo humano. Um exame atento a estas estruturas pode auxiliar em diagnósticos difíceis, bem como permitir um tratamento precoce de doenças internas. Isto ocorre porque estas estruturas crescem continuamente e recebem estímulos hormonais diversos ou até mesmo alterações nutricionais, podendo interromper seu crescimento ou apresentar alterações de estrutura.

A unha normal é transparente, lisa, suave, permanecendo colada ao seu leito e apresentando crescimento contínuo. A unha das mãos demora em média, de 5 a 6 meses para crescer da base até a ponta, e dos pés de 8 a 12 meses. É bom lembrar que existem variações individuais, relacionadas a raça, idade, ambiente, ocupação, etc. Diversas alterações na cor, aparência, superfície e crescimento podem significar problemas internos.

Embora as mais comuns sejam causadas por fungos (micoses) e traumas (unha encravada), outros fatores podem estar implicados (doenças internas: cardio-respiratórias, vasculares e doenças dermatológicas: psoríase, liquem plano). Cabe ao dermatologista elucidá-las e tratá-las, clínica ou cirurgicamente.
 
Doenças Alterações nas unhas
Anemia Unhas quebradiças, secas, opacas, sulcos transversais (vários), coiloniguia (formato côncavo da unha), onicólise (descolamento distal)
Doenças cardíacas Unhas curvadas para baixo, alargada, coloração arroxeada e pontos arroxeados
Doenças Renais Engrossamento das unhas, coloração amarelada ou cinzenta, linhas transversais esbranquiçadas, unha metade marrom e metade clara
Doenças no fígado Unhas de Terry – ocorre na cirrose – cor esbranquiçada na parte proximal e coloração normal na parte distal, unha pálida amarelada, arredondamento e aumento da unha
Doenças gastrointestinais Pontos hemorrágicos, unhas doloridas,frágeis e que se descolam da parte distal ou descamam
Diabetes Unhas avermelhadas e com vasos na pele, engrossamento das unhas, micose, engrossamento e endurecimento das pontas dos dedos
Hipertiroidismo (doença da Tiróide) Afinamento e enfraquecimento das unhas, descolamento da parte distal das unhas, abaulamento
Hipotiroidimo (doença da Tiróide) Unhas opacas, engrossamento
Lúpus Eritematoso Hemorragia da cutícula, manchas brancas na unha, depressão puntiformes e descolamento da parte distal da unha
Reumatismo Unhas amareladas, sulcos transversais, lúnula avermelhada e engrossamento sob a unha
Leucemia Unha quebradiça, hiperqueratose (engrossamento) ou perda total da unha
Aids Infecção das unhas por fungos e cândida, vírus e herpes e sarcoma de Kaposi (tumor vascular)

Deficiências Nutricionais
Substância deficiente Alterações nas unhas
Vitamina A Unha com aspecto de casaca de ovo, esbranquiçada e quebradiça
Vitamina B12 Linhas longitudinais escurecida, cor azul enegrecida
Vitamina c Hemorragia subunguenal, pontos avermelhados no leito ungueal
Zinco Coloração acinzentada, cutícula seca e engrossada, descamação intensa ao redor das unhas, linhas transversais bem acentuadas
Nicoitinamida B3 (pelagra – doença de alcoólatra) Linhas transversais esbranquiçadas, ausência de brilho e descolamento da parte distal da unha
 
Drogas em excesso Alterações nas unhas
Minocilcina Cor azulada nas unhas
Tetraciclina Cor marrom e descolamento distal
Anticonvulsionantes Diminuição do tamanho das unhas
Antidepressivo Unhas com manchas brancas
Retinoídes Afinamento das unhas, leuconiguia (pontos brancos)

Vários fatores afetam o crescimento das unhas, que atingem seu pico aos 10 -14 anos e entra em declínio após 20 anos. Alguns fatores tornam o crescimento do corpo da unha mais LENTO: amamentação, imobilização, má nutrição, alguns medicamentos e infecções agudas. O crescimento mais rápido foi notado durante o verão, gestação e em dietas ricas em vitaminas.
 
COMO FORTALECER AS UNHAS 
Alimentação saudável é fundamental para manter a unha fortalecida e saudável. Ideal alimentos ricos em vitaminas do complexo B, principalmente a BIOTINA (ou vitamina H.)

A desidratação é um dos fatores do enfraquecimento ungueal, sendo importante manter uma hidratação adequada (no mínimo 2x dia e com bons hidratantes!).

A hidratação da unha aumenta a flexibilidade e ajuda a evitar unhas quebradiças.

Alguns trabalhos mostram evidências científicas do uso da Biotina via oral para fortalecer a unha.

Há suplementos via oral com biotina e zinco que podem ajudar no fortalecimento.

As principais substâncias hidratantes são: uréia, lactato de amônio, dimeticone, glicerina, alantoina, óleo de amêndoa, etc.

Usar cremes recomendados pelos dermatologistas.

Há muitas combinações manipuladas que podem ajudar no fortalecimento.

Os óleos e hidratantes de cutículas também são uteis para hidratar e contribuem para o fortalecimento.
 
COMO EVITAR QUE AS UNHAS FIQUEM FRACAS? 
Hidratar com ativos recomendados por um especialista no mínimo 2x ao dia.

As unhas são anexos cutâneos que possuem muita queratina e, assim como nossa pele e cabelos, precisam de hidratação. Ficar muito tempo com o mesmo esmalte pode deixar as unhas ressecadas, enfraquecidas, esbranquiçadas e com manchas.
 
Evitar excesso de produtos quimicos e abrasivos.

Proteger as mãos com luvas ao manipular produtos irritantes e de limpeza em geral.
 
Evitar acetona e removedores de esmalte para não causar ressecamento excessivo.

Evitar lavagens exageradas, repetitivas, prolongadas porque o excesso de umidade deixa as unhas frágeis e podem causar micose.

A água muito quente e o uso excessivo do álcool gel para higienização das mãos podem favorecer o enfraquecimento das unhas pois intensificam o ressecamento e a desidratação.

Os endurecedores de unhas, que num primeiro momento parecem ser resolutivos, também podem favorecer o ressecamento e devem ser evitados.

Evitar traumas repetidos
 
 
QUAIS ALIMENTOS SÃO MAIS INTERESSANTES PARA FORTALECIMENTO DAS UNHAS? 
Alimentos ricos em FERRO, cálcio, zinco e vitaminas do complexo B.

Complexo B: ovos, carnes, aves e leites.

Ferro: Nutriente essencial! Encontrado nas verduras verdes, leguminosas como feijão e lentilha e carnes vermelhas.

Biotina- peixes, grãos e gema ovo.
 
QUAIS SÃO OS SINAIS NA UNHA DE QUE UM PROBLEMA ESTÁ OCORRENDO? 
Alterações na cor, aparência, superfície e crescimento podem significar problemas internos, como doenças ou deficiências nutricionais.  A unha normal é transparente, lisa, permanece colada e apresenta crescimento contínuo.
 
Unhas quebradiças, secas, opacas, com sulcos e formato côncavo podem ser sinais de anemia, assim como o afinamento, enfraquecimento e descolamento das unhas podem ser sinais de diabetes ou problemas na tireoide.
 
É importante que, caso haja alterações, as unhas sejam avaliadas pelo dermatologista para os devidos exames e correto diagnóstico.
 
DICAS E CUIDADOS 
  • Mantenha as unhas cortadas e lixadas.
  • Não corte muito rente a pele, deixe sempre uma pequena porção de borda livre.
  • Não corte as unhas dos pés nos cantos para evitar o seu encravamento.
  • Dar preferência a removedores à acetonas
  • Dar intervalo entre os esmaltes para evitar que a unha resseque e descame em excesso.
  • Evitar a remoção da cutícula. Ela é uma barreira para a entrada de microorganismos na pele/unha e evita infecções por fungos, bactérias e vírus.
  • Proteja as mãos na hora de lavar a louça.
  • Hidrate as mãos e as cutículas pelo menos 2 a 3x dia.
  • Alimentação saudável e nutritiva.
  • Suplementação oral de biotina melhora sintomas como descamação e unhas fracas.
  • Tenha o seu próprio material de manicure ou use apenas material que foi esterilizado em autoclave. Não adianta ser estufa!
  • Há esmaltes nutritivos que fortalecem as unhas. Mas não adianta ser a base de formol que a longo prazo pode piorar o problema.
+ Saiba Mais
, ID:143
12 Nov 2020

Cicatrizes

As cicatrizes ocorrem como resultado de injúrias profundas à pele, sendo uma resposta natural do organismo dependente da genética além de fatores locais e ambientais.
 
O processo de cicatrização é orquestrado com maestria, sendo complexo e bem ordenado. A fase inicial está relacionada a coagulação e formação de fibrina. Na sequência, ocorre a inflamação, com liberação de várias citocinas e fatores de crescimento como TGFβ, EGF, IGF, PDGF entre outros. Essa cascata inflamatória é seguida pela fase de proliferação, estimulando os fibroblastos que produzem o colágeno novo e a matriz cicatricial. A maturação e a remodelação são as fases finais para a formação da cicatriz. Atualmente, o conhecimento mais profundo de todo o mecanismo de cicatrização e principalmente dos vários tipos de fatores de crescimento, possibilita intervenções mais específicas.
 
Vários fatores influenciam na formação da cicatriz, tais como: parte do corpo, tensão no local do trauma, infecção secundária, manipulação, movimentação, etc. Também interferem os fatores genéticos, que podem favorecer o aparecimento da cicatriz hipertrófica ou queloide.
 
A cicatriz hipertrófica ocorre pelos vários motivos citados acima, sendo avermelhada, endurecida e não ultrapassando a área do trauma inicial da pele. Já o queloide é um tipo de cicatriz influenciada pela tendência genética que ultrapassa muito o limite da lesão cutânea e tem crescimento descontrolado.
 
Hoje se conhece muito mais sobre os mecanismos de cicatrização e a interferência nesse processo é muito mais precoce do que já foi no passado.
 
A cicatriz deve ser avaliada e classificada pelo médico para que seja escolhida a melhor combinação de tratamentos.
 
A primeira linha de tratamento para cicatrizes lineares,  hipertróficas e queloides é o uso de fitas ou géis de silicone. O mecanismo de ação não é totalmente explicado de como esse produto melhora a cicatriz, porém, provavelmente está relacionado a hidratação local.
 
Alguns tipos de laser são indicados no tratamento das cicatrizes. O mais utilizado para cicatrizes vermelhas e hipertróficas é o laser de corante (Dye laser). Ele tem como alvo a oxihemoglobina e destrói os vasos, diminuindo a inflamação.

Esse laser, pode ser aplicado com intensidade media mensalmente de 3-4x favorecendo o abaixamento da cicatriz. Também pode ser usado o Erbium Yag, que melhora a textura e a flexibilidade, além de diminuir o endurecimento.  O laser de CO2 é uma proposta interessante para cicatrizes de grandes queimados. Esse laser ablativo perfura microscopicamente a pele e emite calor, que irá ajudar no estímulo e remodelação do colágeno.
 
Há outras opções para o tratamento de cicatrizes, tais como: infiltração de corticoesteroide diluído em soro, que pode ser aplicado em pequena quantidade dentro da cicatriz 1x ao mês, cerca de 3 sessões. Em caso de cicatrizes mais resistentes, também pode ser utilizada 5-fluoracil, methotrexate e bleomicina.
 
Hoje a avaliação e classificação da cicatriz deve ser imediata e o tratamento o mais precoce possível para obtenção de melhores resultados finais. 

Há um algoritmo para o tratamento:
1-Cremes cicatrizantes com óleo de silicone, extrato de cebola, ceramidas, lipídeos, entre outros
2-Placas de silicone ou similares,  colocadas no local 24h por dia, trocando a cada 3 ou 4 dias.
3-Laser ou luz pulsada para diminuir o período de inflamação, tendo como alvo principal os vasos. Repetir a aplicação 3-4 vezes com intervalo de 3-4 semanas.

Quando houver cicatrização anormal, utilizam-se técnicas mais agressivas e combinadas como:
1-Infiltração de corticoide diluído para diminuir e clarear a cicatriz.
2-Quando a cicatriz está retraída e endurecida, pode ser usado o CO2 que remodela o colágeno e promove mais flexibilidade.
3-Laser pulsado de corante (Dye laser), que atinge os vasos e consegue diminuir o avermelhamento, além de aliviar os sintomas de dor e queimação.
4-A injeção de 5-fluoracil na cicatriz, para modelação e diminuição da fibrose, também pode ser feito mensalmente, num total de 3 a 4 sessões.
 
Queloide é uma cicatriz anormal, gerada por tendências genéticas e ultrapassa o local do trauma, gerando verdadeiros tumores. Exemplo: a cicatriz de um furo na orelha pode ficar do tamanho de um tomate.
 
O queloide pode ser retirado cirurgicamente, mantendo somente as bordas da lesão e nelas utilizar as placas de silicone.
 
Tratamento com nitrogênio liquido, que é uma queimadura pelo frio.
 
Também pode ser feita a infiltração de methotrexate, 5-fluoracil ou bleomicina, que são anti proliferativos e diminuem o crescimento do tumor.
 
As perspectivas para o tratamento das cicatrizes são cada vez melhores embasadas na ciência e no avanço da tecnologia.
 
+ Saiba Mais
, ID:30
08 Set 2020

Colagenose

O que é?
As colagenoses doenças complexas autoimunes que comprometem muitos tecidos do organismo levando a processos inflamatórios, variáveis e graves. Vamos discorrer sobre algumas das colagenoses como: lúpus eritematoso, dermatomiosite, esclerodermia.
 
O lúpus eritematoso o que é:
Uma doença autoimune inflamatória que pode ser localizada ou sistêmica. Compromete mais mulheres adultas sendo muito grave. O lúpus cutâneo é caracterizado por manchas avermelhadas cicatriciais localizadas principalmente nas áreas expostas. O sol é o grande desencadeador dessas lesões inflamatórias.

As lesões podem comprometer também o couro cabeludo causando alopecia cicatricial com muita descamação. O lúpus também pode ser sistêmico com comprometimento de órgãos como articulações, rins, pulmão e até mesmo o coração.

A articulações podem inchar e doer e muitas vezes esse é o primeiro sinal da doença. Pode haver comprometimento dos rins devido aos outros anticorpos, levando até a insuficiência renal.

A lesão clássica do lúpus eritematoso cutâneo crônico é caracterizada por uma placa avermelhada, inflamação, escamas aderidas, espiculas córneas, deixando a área cicatricial com telangectasias ao redor. Ocorrem principalmente na face, pavilhão auricular na região malar bilateral e muitas vezes ocorre também na mucosa.
Outra forma do lúpus eritematoso na pele é a lúpus subagudo, onde ocorre a fotossensibilidade e as lesões nas áreas expostas como: braços, colo e rosto.

As lesões podem ser circulares, muito inflamadas e as vezes também hipocrômicas. No caso do lúpus subagudo pode haver dores articulares, mal estar e estado febril. Também podemos ter uma forma mais aguda do lúpus cutâneo com o nome: lúpus eritematoso cutâneo agudo. Pode haver lesões de pele como as que acorrem no lúpus cutâneo crônico e no subagudo, mas nesse caso a doença está evoluindo para a doença sistêmica.

O quadro clinico tem as seguintes características: avermelhamento principalmente na parte central da face, queda de cabelo com alopecia difusa sem cicatriz, ferida na ponta dos dedos, lesões ulceradas na mucosa e edema nas pálpebras e lábios. Tudo isso é acompanhado de febre, mal-estar e fotossensibilidade.

O lúpus eritematoso sistêmico vai além da pele comprometendo órgãos internos como pulmões, articulações e rim. O rim tem comprometimento frequente levando até a insuficiência renal.
Pode haver vasculite e feridas na ponta dos dedos.
 
Como é feito o diagnóstico?
O diagnostico é clínico avaliando as lesões de pele e os sintomas gerais e também são pedidos exames de laboratório como: hemograma, fator anti núcleo, (FAN) e vários tipos de anticorpos como anticorpo auti DNA, anticorpo anti SM, anticorpo anti RO, anticorpo Anti LA e complemento. Temos também que avaliar a função renal pedindo uréia, creatinina e proteinúria de 24 horas. A biopsia de pele também é necessária na maior parte dos casos.

Como tratar?
O mais importante em relação ao tratamento do lúpus eritematoso é o diagnostico correto. No lúpus sistêmico é importante detectar quais órgão estão alterados e qual o nível de comprometimento.

O fotoprotetor é muito importante e deve ser usado todos os dias 3x ao dia. O filtro solar deve ser físico e proteger da luz UVA, UVB e luz visível.

São utilizados também antinflamatorios principalmente o corticoide como prednisona com dose e frequência estabelecido pelo médico. Utilizam-se também os antimaláricos como cloroquina, principalmente no lúpus subagudo. Outros medicamentos são alternativos como: clofazimina, talidomida, melhotrexate, retinoides e sulfona.

Na infância e na gestação também podem ocorrer essa doença com características especiais que devem ser avaliadas pelo médico. O tratamento precoce do lúpus eritematoso determina o prognostico da doença.
+ Saiba Mais
, ID:29
08 Set 2020

Câncer de Pele

O que é o câncer de pele? Qual a sua definição? 
Câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Qualquer célula que compõe a pele pode originar um câncer, logo existem diversos tipos de câncer de pele, os mais comuns são o carcinoma basocelular (CBC), o carcinoma espinocelular (CEC); e o melanoma cutâneo, o mais perigoso dos tumores de pele. 
 
O dermatologista está na linha de frente na prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento do problema. 
 
Como perceber esse tipo de câncer? Como aparecem na pele?
Os cânceres de pele podem ser divididos em câncer de pele não melanoma e câncer de pele melanoma. 
Dentre os cânceres não melanoma, há o carcinoma basocelular (CBC) que é o mais frequente e menos agressivo e o carcinoma epidermoide ou espinocelular (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular. Aproximadamente 80% dos cânceres de pele não melanoma são carcinoma basocelular = CBC e 20% são CEC.

O que é
O melanoma é um tumor maligno que se desenvolve a partir das células que produzem melanina, o melanócito, que ocorre na pele, nos olhos, nas orelhas, no trato gastrointestinal e nas mucosas. É o tumor de pele mais grave, principalmente quando atinge a circulação sanguínea ou linfática, alcançando outras partes do corpo dando origem às chamadas metástases, podendo levar à morte nestes casos.

A incidência do melanoma maligno está aumentando rapidamente no mundo inteiro. A maior incidência desse câncer é na Austrália e na Nova Zelândia. Os homens são cerca de 1,5 vezes mais propensos a desenvolverem melanoma do que as mulheres

Indivíduo de cor branca tem risco 10x maior de desenvolver melanoma cutâneo do que negros, asiáticos e hispânicos.

Existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento do melanoma:
· História pessoal de sinais atípicos
·  História familiar melanoma
·  Mais de 75-100 sinais (pintas)
·  Imunossupresão
·  Bronzeamento crônico
·  Queimaduras solares bolhosas repetidas
·  Sardas
·  Pele clara, incapaz de bronzear
·  Cabelo ruivo ou loiro
 
A principal medida para evitar a lesão melanoma é tomar medidas preventivas. O objetivo é reconhecer o melanoma em seu estágio inicial.

O problema é que nas fases iniciais o melanoma se assemelha muito com as nossas pintas comuns. Então como saber qual pinta é perigosa? Para fazer esta distinção existe uma regra de fácil compreensão que envolve as cinco primeiras letras do alfabeto: A,B, C, D e E.

Quando um dos itens abaixo estiver presente, a recomendação é procurar um dermatologista para uma avaliação mais detalhada.

A ? de assimetria: isto é, se imaginarmos uma divisão ao meio da pinta, os dois lados não são iguais.
B ? de borda: se esta for irregular, serrilhada ou não uniforme.
C ? de cor: se tiver diversas cores em uma mesma pinta.
D ? de dimensão: se for maior que 6 mm de diâmetro.
E ? observar se a pinta está mudando de tamanho, forma ou cor.

Além desta regra, o dermatologista examina as pintas com um aparelho, com lentes e iluminação especiais, que permite enxergar as camadas internas das pintas com aumento de até 70x.

Este aparelho é o dermatoscópio.

Como tratar?
O tratamento do melanoma é a remoção cirúrgica, após a remoção a lesão é avaliada histologicamente e estadiada para observar o risco de metástase.
 

 
Que tipos de exames devemos fazer para evitá-los? E quais os cuidados diários?
Examinar sua pele periodicamente é uma maneira simples e fácil de detectar precocemente o câncer de pele. Com a ajuda de um espelho, o paciente pode enxergar áreas que raramente consegue visualizar.
Para perceber a existência do CBC é importante observar se há lesões diferentes, avermelhadas que apresentam descamação ou crosta, com muitos vazinhos na borda ou em sua superficie, que sangram com grande facilidade e que não conseguem cicatrizar. É como um machucadinho que não ciatriza.
O diagnóstico é feito pela avaliação clínica (suspeita) e exame anátomo patológico (biópsia).
 
O exame clínico é fundamental para guiar a hipótese diagnóstica, pois cada tipo de câncer tem suas particularidades clínica. Dessa forma, é importante procurar um dermatologista quando perceber alguma lesão diferente na pele.
 
Cuidados diários:
É fundamental o uso do protetor solar diariamente nas áreas expostas ao sol ( face, pescoço, colo, mãos, braços, orelhas). Recomenda-se uso de protetor solar de amplo espectro (proteção da radiação UVA e UVB) com FPS (fator de proteção solar) maior que 30. Em mulheres a associação com bases, pó compacto ou protetor com cor amplia a proteção a RUV (radiação ultravioleta).

Em situações de grande esxposição solar, esta proteção deve ser completa ( em todo corpo).

Mesmo usando filtro solar adequado, não é recomendada a exposição ao sol no período entre 10 e 15 horas (considerar o horário de verão quando necessário). A depender da época do ano (verão) e da localidade da exposição, deve-se considerar um período ainda maior de restrição ao sol.

Se realmente tiver de se expor, permanecer na sombra usando também camiseta, boné e óculos de sol. Estar na sombra não significa ficar completamente protegido, pois a luz se reflete na areia, água, mar, cimento, atingindo também a pele.
 
Em dias nublados a radiação UVA também está presente. Apesar de a luminosidade ser muito maior em dias sem nuvens, é preciso tomar cuidado diariamente, especialmente na praia ou à beira da piscina. É importante estar o tempo todo protegido com o filtro solar.
Como mencionado anteriormente, o filtro solar deve ser usado diariamente não só no rosto, mas em todas as áreas expostas do corpo, como as mãos, braços e colo.
 
Além da aplicação em quantidade adequada, a reaplicação periódica garante uma melhor fotoproteção. O tempo de reaplicação depende do protetor solar utilizado, do tipo e intensidade de exposição, do contato com água e suor e da área exposta. De forma geral é recomendada a reaplicação a cada 2 a 3 horas ou após longos períodos de imersão na água.
 
Pessoas que tomam sol e ficam vermelhas, nunca bronzeiam, devem tomar mais cuidado e utilizar no mínimo o fator de proteção 30. Indivíduos ruivos, sardentos e de pele clara são os mais predispostos a desenvolver câncer. Em contrapartida a doença é raramente encontrada entre os negros. As peles mais escuras possuem uma proteção natural a radiação solar, mas isso não significa que estes indivíduos não devem deixar de usar protetor solar.
 
As medidas de fotoproteção mecânica também devem ser adotadas no dia a dia: uso de óculos, chapéus, bonés, luvas e camisetas com bloqueio a RUV quando atividades físicas sob o sol.
 
Esse tipo de câncer precisa de químio? Como é o tratamento mais comum?
O diagnóstico precoce é muito importante, já que a maioria dos casos detectados no início apresenta bons índices de cura.

Todo câncer deve receber o melhor tratamento possível logo na primeira tentativa, evitando que o câncer recidive.
O tratamento padrão ouro e de escolha para o carcinoma basocelular é a cirurgia (excisão completa do tumor) com a margem de segurança adequada. Apresenta altas taxas de cura para os tumores menores de 2cm de diâmetro.
 
Outros tratamentos: 
 
Curetagem e eletrocoagulação:
Muito utilizado principalmente para lesões menores de 1cm. Faz um ?raspado/curetagem? e então cauteriza a área da lesão. Deve ser repetido até remoção completa.
 
Criocirurgia:
Remoção da lesão neoplásica através do congelamento utilizando nitrogênio líquido.
 
EXAMES DIAGNÓSTICOS
O exame clínico é fundamental para guiar a hipótese diagnóstica, pois cada tipo de câncer tem suas particularidades clínicas
 
A dermatoscopia é um exame de complemento diagnóstico muito útil e cada vez mais tem sido uma ferramenta importante na complementação diagnóstica de lesões suspeitas. É uma técnica para avaliar uma variedade de padrões e estruturas em lesões que não são discerníveis a olho nu. Ele amplia em até 70 vezes a imagem da lesão como  nevos (pintas), manchas e nódulos e é útil na diferenciação de lesões malignas e benignas. Esse sistema possibilita a realização de fotos, o armazenamento das imagens (que já foram realizadas), permitindo sua comparação ao longo do tempo. Desta forma, o médico consegue analisar as lesões de forma mais precisa, indicando se devem ser retiradas ou não. O aparelho permite o acompanhamento e gerenciamento das lesões de pele, o que constitui uma importante ferramenta no diagnóstico de câncer de pele em sua forma precoce e também na prevenção deste.
 
 
Anátomo Patológico- BIÓPSIA
O exame histopatológico dos tumores e suas classificações são de grande importância para os pacientes e é o que faz a confirmação final. Toda lesão removida (cirurgicamente) é enviada para avaliação histológica.
+ Saiba Mais
, ID:169
08 Set 2020

Dermatite Atópica

A dermatite atópica é uma doença da pele inflamatória, crônica, que apresenta lesões que coçam muito e as vezes formam crostas ou descamam. Ela ocorre em crianças que são atópicas. Mas afinal, o que é isso? A atopia é uma condição adquirida por herança genética, tem caráter familiar e comumente está  associada com algum quadro respiratório como asma ou bronquite e rinite alérgica. Não é portanto uma alergia passageira que ocorre por algum fator específico, vocês vão perceber que o problema é constante variando em crises de piora e melhora.
 
Sua incidência é alta e atinge bebês e crianças do mundo inteiro!  Inicia-se nos 6 primeiros meses de vida em 45% das crianças, durante o primeiro ano de vida em 60% dos casos e antes dos 5 anos de idade pelo menos 85% das crianças são afetadas. Não é a toa que existem várias associações de apoio para ajudar pais e crianças com esta condição. (veja o links abaixo)
 
Curiosamente, uma criança que tem um dos pais com alguma condição atópica como asma, rinite alérgica ou eczema atópico, tem aproximadamente 25% de chance de também apresentar alguma forma de doença atópica. Uma criança em que ambos os pais têm doença atópica, tem mais de 50% de chance de apresentar doença atópica. Já prestou atenção se há alguma história de alergia na família?
 
As crianças atópicas têm a barreira de proteção da pele deficiente, um sistema imunológico hiper reativo e extrema sensibilidade a praticamente tudo que entra em contato em sua superfície, que consequentemente se torna, seca, sensível, irritada e propensa a lesões (dermatite).  Eles têm maior chance de processos alérgicos de qualquer natureza, infecções virais e desenvolvimento de micoses. É importante esclarecer a todos que convivem com a crianças atópicas, inclusive na escola, para amigos e professores, que a Dermatite Atópica não é uma doença contagiosa e que o convívio com os amigos deve ser normal. Ela também não é provocada pela alimentação, embora alguma alergia alimentar possa agravar a lesão (eczema).
 
SINTOMAS
A principal marca da dermatite atópica é a pele extremamente seca. Muitas vezes, nas fases agudas, a pele está sensível e reativa e tudo parece provocar alguma reação. É neste momento que aparece a lesão típica da dermatite atópica ? o eczema.
 
O eczema atópico, termo utilizado como sinônimo da dermatite atópica, é sua manifestação mais comum e caracteriza-se por lesões inflamadas, avermelhadas, que coçam, descamam, as vezes, ficam úmidas e podem até ter algum tipo de secreção.
 
Mães devem observar cuidadosamente a pele de seus bebês, e perceber estas características principais de ressecamento, coceira intensa e persistente, seguidas das lesões avermelhadas. Os bebês tendem a coçar a noite e a inflamação é pior no dia seguinte. Muitas vezes, a manipulação pode contaminar a região e causar infecção, surgindo secreção, crostas e muita inflamação. Quanto mais o pequeno colocar a mão, pior será a coceira e maior a chance de contaminar o local. Infecções oportunistas podem piorar o quadro. Ao notar os sinais, é preciso levá-lo a um especialista para diagnóstico e tratamento adequado.
 
A forma como as lesões aparecem no bebê ou criança pode ser dividida em 2 fases principais e que irá ajudá-la para identificar o problema e diferenciar de outras alergias comuns como a urticária.
 
Fase infantil (do nascimento aos 2 anos):
Bebês raramente nascem com eczema atópico mas eles normalmente desenvolvem sinais de inflamação no terceiro mês de vida. Há muita coceira, aparecem lesões vermelhas que podem ficar maiores, com crostas, secreção e vesículas (pequenas bolinhas). É mais comum ser localizado nas bochechas e queixo, podendo algumas vezes estender para  couro cabeludo, tronco e extremidades. O ressecamento da pele é muito importante e pode ser o primeiro sinal para as mães ficarem atentas. O acometimento da bochecha que fica grosseira e muitas vezes vermelha é bem típico dos bebês atópicos.
 
Fase pré Puberal (2 anos até 12 anos)
Entre 2 anos até a adolescência, as lesões comprometem mais as dobras, joelhos, pulsos, ombros e pescoço. Após a adolescência, as lesões atingem qualquer parte do corpo e podem comprometer a face.
 
É importante entender que esta afecção é crônica, isto é, possui um longo período de evolução, com momentos de agravamento e momentos de acalmia. Ela pode persistir a vida toda, mas há resolução em aproximadamente 50% das crianças por volta 18 meses e 60% dos casos tende a desaparecer na vida adulta.
 
FATORES DESENCADEANTES
Alguns fatores, como aparecimento dos dentinhos, infecções respiratórias e estímulos emocionais, podem influenciar o curso da doença. Fique atenta se seu filho está em contato com algum destes fatores que podem ser o gatilho para agravamento do quadro.
 
  • Animais de estimação
  • Pó, ácaros, mofo e plantas
  • Produtos químicos e solventes
  • Fragrâncias e corantes
  • Tecidos sintéticos, lã
  • Alimentos
  • Mar e piscina
  • Stress emocional
  • Banho quente
  • Calor, suor
  • Clima muito frio ou muito seco
  • Mudanças bruscas de temperatura
  • Irritantes ambientais (Poluição, fumaça, tabaco) 
 
TRATAMENTO
Depois do diagnóstico, as lesões devem ser tratadas. O tratamento visa restaurar as funções protetoras da pele que é deficiente na criança atópica.
 
A pele da criança precisa de água e lipídeos (óleos) diversas vezes ao dia para restaurar a barreira natural que protege dos alérgenos e irritantes externos: - os grandes vilões desencadeadores do eczema. Por isso, a hidratação é importante e deve ser diária, mesmo na ausência de lesões. Cuidado especial na hora do banho para não utilizar em excesso sabonetes e buchas na pele de seu bebê, eles removem a hidratação natural e podem piorar o quadro. Veja abaixo as orientações dos cuidados diários e que são fundamentais para sucesso do tratamento.
 
Nas crises, são utilizados medicamentos com ativos específicos prescritos pelo dermatologista e podem reduzir as lesões  de forma eficaz. Quando utilizados corretamente e sob orientação médica, esses tratamentos melhoram significativamente a qualidade de vida dos pacientes com atopia.
 
Principais ativos:
 
Imunomoduladores:
São representados pelo Pimecrolimus e Tacrolimus e alternativa para tratamento das lesões. No início podem irritar um pouco, mas a irritação costuma desaparecer após uma semana de uso.
 
Durante as crises, medicamentos com estes ativos específicos irão tratar as lesões e aumentar os intervalos entre as crises.
 
Viver com dermatite atópica é uma tarefa desgastante. Estas crianças e bebês sofrem com o ressecamento, coceira constante, que origina irritabilidade, sono intranquilo e traumatismos repetidos. Muitas vezes, pequenos atos no dia a dia, podem ajudar drasticamnete as crises de dermatite e prevenir as lesões.
 
Agora, leia com atenção as recomendações para cuidados diários e  rotina de uma criança atópica. Eles são imprescindíveis para que evitar crises e vão  ajudar o seu filho a ter uma melhora na qualidade de vida:
 
  • A hidratação da pele é muito importante e deve ser DIÁRIA. Ela previne crises e diminui sensibilidade da pele.
  • Utilizar água termal nas áreas secas e irritadas, que além de hidratar tem efeito antiinflamatório.
  • Apenas um banho por dia, rápido e sempre temperatura MORNA (máximo 35 graus). NUNCA 2 banhos!
  • Prefira chuveiro à banheira.
  • Não utilizar sabonetes antissépticos e buchas, eles removem a oleosidade natural e que protege a pele do seu bebê.
  • Utilizar o sabonetes hidratantes, específicos para pele sensível ou seca,  apenas nas partes íntimas e dobras. Evitar passar  no corpo.
  • Logo após o banho, com a pele ainda úmida, passar o hidratante recomendado.
  • Não utilizar hidratante com cor ou perfume.
  • Quando possível utilizar hidratante 2 vezes ao dia.
  • Nunca utilizar tecidos sintéticos e lã diretamente na pele.
  • Retire carpetes e cortinas do ambientes que ele permanece.
  • Use protetores de colchões e de travesseiros e lave semanalmente;
  • Evitar  produtos a base de álcool em contato com a pele.
  • Roupas íntimas de algodão e sem elástico aparente (para não ficar em contato direto com o corpo).
  • Cortar o uso de maquiagem, esmaltes e cosméticos em geral porque são substâncias potencialmente alérgicas. Elas vão ter muito tempo para poderem utilizar esmaltes!
  • Manter unha curta para evitar contaminação lesão. Nos bebês podem ser utilizadas luvinhas.
  • Nunca utilizar medicamentos sem orientação médica.
  • Em caso de infecção secundária, devem ser usados antibióticos, de acordo com receita médica.
  • Seguir orientação de um especialista, nunca automedicar seu filho!
  • Nunca utilizar fórmulas e receitas caseiras sem consultar o médico que o acompanha.
  • Hidratar, hidratar, hidratar! 
Se seu filho tem dermatite atópica, ele é a principal pessoa que deve entender e conhecer sua condição. Recomendo aos pais, desde cedo orientá-los nos cuidados diários e realizar a hidratação sistematicamente. Aos poucos, essa rotina começa a fazer parte da vida e se torna um hábito como escovar os dentes! Mesmo que no início seja difícil, irá fazer muita diferença para evitar a coceira e principalmente evolução para o eczema. Sem dúvida poderão aproveitar mais as brincadeiras e seu dia a dia.

Selar uma parceira com o dermatologista, afastar os fatores desencadeantes, tratar corretamente quando indicado, são pontos cruciais para ajudar os pequenos que sofrem com este problema.
+ Saiba Mais
, ID:32
08 Set 2020

Dermatite Seborreica

O que é?
A dermatite seborreica é uma doença de pele crônica, frequente, não contagiosa, que costuma acometer áreas mais úmidas e gordurosas da pele, como o couro cabeludo, face (principalmente as regiões próximas ao nariz e sobrancelhas) e dobras (axilas) e se caracteriza por períodos de acalmia e de recaída.

Pode iniciar nos primeiros meses de vida, com escamas gordurosas e aderentes no couro cabeludo ou manchas avermelhadas com leve descamação na face, tronco e áreas de dobras (área de fraldas, nuca, axilas). Normalmente as lesões somem após alguns meses, podendo reaparecer na puberdade.

Já nos adultos, a dermatite seborreica pode se manifestar de forma leve acometendo o couro cabeludo e causando descamação e prurido, sendo conhecida popularmente como ?caspa?. Pode ser mais intensa, acometendo também cílios e sobrancelhas.

Podem ocorrer lesões eritematosas e descamativas em face, principalmente nos sulcos nasogenianos, glabela e região retro-auricular. Há acometimento do tórax em algumas pessoas. Normalmente, o prurido acompanha o quadro. Há quadros mais graves, com progressão das lesões formando grandes placas eritemato-escamosas.

A doença ocorre por uma predisposição familiar. O calor, umidade, uso de roupas sintéticas ( lã, flanela, lycra, seda) favorecem o desenvolvimento da dermatite seborreica. Além disso, alguns fatores predispõem o seu agravamento, como a tensão emocional, a obesidade e a ingestão de alimentos muito condimentados.

A dermatite seborreica não é contagiosa. Seu tratamento consiste no controle das lesões com o uso de medicamentos tópicos e em alguns casos mais resistentes, medicações por via oral. É importante o acompanhamento de um médico dermatologista, para que o diagnóstico seja feito e o melhor tratamento seja indicado.

Como tratar?
O tratamento começa por definir a gravidade da dermatite
1 ? Casos intensos e graves ? itraconazol sistêmico 100mg 2 vezes ao dia por 1-3 meses. isotretinoína sistêmica 20 mg 2 a 3 vezes por semana durante 3-4 meses. Hidratar a pele 2 vezes ao dia, evitar produtos irritantes e ácidos.

2 ? Casos leves e moderados ? Corticoide tópico 1 vez ao dia por 5-10 dias. Inibidores de calcineurina 1 vez ao dia, alternando com corticoides.

3 ? Cremes à base de cetonozol (2%) 1 vez ao dia por 15 dias.

A pele deve ser hidratada de 1-3 vezes ao dia com hidratantes neutros e leves. O sabonete deve ser neutro e usado 2 vezes ao dia. Evitar ácidos como retinóicos, evitar estresse e produtos caseiros, manter a hidratação mesmo fora da crise.

A dermatite seborreica é crônica e evolui com surtos de melhora e piora. A dermatite aguda dever ser tratada com medicamento até a melhora, quando então é necessário haver os cuidados de manutenção. O indivíduo comprometido pela dermatite seborreica tem a predisposição genética para isso sendo necessário os cuidados constantes para evitar gatilhos, como ressecamento e irritabilidade da pele.
+ Saiba Mais
, ID:33
22 Jul 2020

Dermatologia Pediátrica

O Dermatologista é treinado para reconhecer as características próprias das doenças de pele nas crianças: alergias, micoses, viroses, sinais e hemangiomas, merecem cuidados especializados.
 
A pele das crianças é mais sensível que a dos adultos porque na infância ela ainda não apresenta algumas proteções mais específicas. A pele da primeira infância não produz oleosidade de forma eficiente, é fina e ainda não tem as glândulas sudoríparas amadurecidas. Não produzir óleo de forma eficiente, ser mais fina, não ter as glândulas sudoríparas totalmente amadurecidas, ou seja, não apresentar um aspecto tão curtido no sentido de pigmentação.

Vale também destacar que a pele da criança é mais sensível à luz ultravioleta e ao calor, estando mais predisposta ao problema de brotoeja, que nada mais é que o entupimento das glândulas sudoríparas. Portanto, deve-se tomar muito cuidado com a pele da criança na primeira infância, principalmente no verão.
 
Assaduras: a importância da prevenção 
As assaduras estão relacionadas à irritação que a urina pode causar na pele numa área onde há abafamento, calor e dobras. Por isso, é muito importante que as mães tomem determinados cuidados para evitar que as crianças sofram com esse problema.

Em primeiro lugar deve-se redobrar os cuidados com a higiene, evitando que a criança permaneça molhada por muito tempo. Além disso aconselha-se o uso de fraldas que possam absorver e controlar a quantidade de urina. Essas fraldas, se forem de tecido, devem ser de um algodão suave ou descartáveis, de marcas já conhecidas e aprovadas para uso em crianças.

Outro detalhe que deve ser lembrado é que ao trocar a criança deve-se secá-la muito bem. Na hora da troca de fraldas pode-se usar produtos protetores à base de hidratantes ou à base de filmes oleosos e que não sejam irritantes mas, sim, que protejam a pele da criança, tanto do contato com a urina, quanto de fezes e até mesmo do próprio abafamento.

Vale também destacar que a assadura não deve ser vista como um fato normal em crianças pequenas e, sim, como um problema, uma alteração, que pode acontecer com mais frequência na primeira infância. É claro que há crianças que apresentam mais tendência a esse tipo de problema, como por exemplo, as crianças mais gordinhas, as que urinam mais, aquelas que têm a urina mais ácida, ou as que estão com algum problema de diarreia, etc.

Cabe às mães ficarem atentas às trocas de fraldas, ao tipo de produto que estão utilizando nas crianças e, no caso de perceberem qualquer alteração como por exemplo, a pele ficar avermelhada, começar a ter pústulas (um tipo de espinha), ou mesmo surgirem algumas feridinhas, procurar imediatamente um especialista.
 
Alergia: outro problema que pode ocorrer em crianças 
De uma maneira geral a alergia não é um problema típico das crianças. A criança está sujeita à alergia tanto quanto o adulto. O que é mais comum em crianças, em se tratando de distúrbios de pele, é a brotoeja, que é o entupimento da glândula do suor, conforme já mencionado. Isso ocorre porque a criança ainda não tem uma glândula tão competente quanto a glândula do adulto.

Quanto à alergia propriamente dita, ela só vai surgir em crianças consideradas atópicas, ou seja, aquelas que apresentam uma predisposição ao problema. Isso pode ser tanto no aparelho respiratório – sob a forma de rinite, sinusite ou asma – quanto na pele, quando a criança reage a algumas substâncias, de forma diferente das crianças não atópicas.

As crianças atópicas podem reagir ao próprio suor, ao próprio encaloramento, e apresentam muito mais potencial de irritação na pele do que as outras crianças em geral.

Outro tipo de alergia comum em crianças atópicas é o caso da alergia à picada de insetos. Nesse caso a criança é picada por um inseto qualquer e, de repente, ela fica com o corpo cheio de pequenas lesões, algumas vezes até com feridinhas, o que incomoda muito.

A picada e o veneno do inseto funcionam como um alergizante provocando lesões no corpo todo, mesmo que a criança não tenha sido picada em todos esses locais.

As picadas mais comuns de inseto são as de formiga, pulga, borrachudo e pernilongo, e esse tipo de alergia é chamado de estrófulo. Esse tipo de lesão é muito comum nas pernas das crianças e podem deixá-las manchadas e até mesmo com cicatrizes.

Outra alergia muito comum nos atópicos é chamada de eczema atópico. Esse tipo de alergia aparece principalmente nas dobras, onde a região fica avermelhada, coçando muito, podendo até apresentar uma exsudação (um liquido), depois formando cascas. Essas alergias podem estar relacionadas com as substâncias utilizadas na pele, como cremes, cosméticos, produtos repelentes de insetos, etc.
 
Portanto, as alergias mais comuns em crianças são: o estrófulo (alergia à picada de inseto) e o eczema atópico. E, no caso delas aparecerem o mais indicado é procurar um especialista. Para o problema de picada de inseto, existem vacinas que são eficientes dessensibilizando a criança com relação ao problema. Já a alergia atópica é um problema intrínseco da criança, hereditário mas que pode ser amenizado com tratamentos específicos.

Evitando problemas futuros 
Para evitar problemas futuros na pele é importante que desde criança alguns cuidados sejam tomados, tais como, evitar o excesso de sol, evitar lugares muito quentes e ambientes fechados para que a pele não tenha problemas de brotoejas e em caso de assaduras, evitar que a pele fique com machucaduras mais profundas nas áreas das dobras, para que não surjam cicatrizes.

A criança deve ser vista globalmente e, de uma forma geral, cada problema deve ser visto sob a ótica da sua especificidade.
 
A pele do recém-nascido é diferente?
A pele do bebê é diferente da pele do adulto e por isso é importante saber como cuidar. O bebê não possui flora cutânea protetora ao nascer e sua imunidade ainda não é totalmente desenvolvida. A pele é cerca de 50% mais fina, com menos pelos e com menor quantidade de fibras colágenas.

Todas estas características fazem com que o recém-nascido possa absorver substâncias tópicas facilmente, tenha um risco maior de sofrer lesões cutâneas e adquirir infecções (como fungos e bactérias).

Quais são os principais cuidados nos primeiros dias de vida?
 Os cuidados devem considerar limpeza suave com produtos específicos, indicados pelo pediatra ou por um especialista, neutros, sem cheiro, não tóxicos e não abrasivos. Não usar produtos perfumados nos primeiros meses para evitar reação alérgica e irritação na pele delicada do bebê.

É normal que ela fique vermelha quando o recém nascido chora e lábios, mãos e pés tendem a ficar arroxeados e azulados quando o bebê está com frio.

Assim que nasce, o neonato tem um ferimento cirúrgico, que é o coto umbilical. É preciso dar uma atenção especial durante a rotina de higiene para esta ferida: 
  • Lavar as mãos antes de manuseá-lo;
  • Manter a área do coto umbilical sempre limpa;
  • No banho - lavar com sabonete neutro;
  • Ao sair do banho, aplicar álcool a 70%, loção de clorexidine ou seguir as orientações do pediatra;
  • Manter a fralda dobrada se ela ficar em cima do coto para facilitar a secagem;
  • Identificar sinais de infecção (inflamação e mau cheiro);
  • O coto tende a cair com 7 a 10 dias após o nascimento. 

Quais tipos de produtos devem ser evitados?
O risco de toxicidade com o uso de substâncias aplicadas na pele do bebê é maior, especialmente nos prematuros. Assim, todo cuidado deve ser tomado ao aplicar cremes e produtos na pele do recém-nascido, devido ao risco de toxicidade sistêmica (atingir a corrente sanguínea).

Utilizar apenas produtos neutros, sem fragrância e indicado para peles de bebês. É importante seguir a orientação do pediatra e produtos recomendados por especialistas.

Lavar as roupas antes de serem usadas. Utilizar apenas sabão de coco ou aqueles específicos para bebês - sem conservantes e sem perfume.
 
Lavar a roupa, toalhas, lençóis e cobertores separadamente das roupas da família.
 
Como identificar alergia ou irritações na pele do bebê?
 A pele, entre muitas características, tem a função de proteção e a quebra na sua integridade pode favorecer a ocorrência de irritações e até mesmo alguma infecção. O bebê está exposto a vários agentes infecciosos, tanto pelas pessoas que entram em contato, como também por materiais usados em sua rotina de higiene (tesourinhas por exemplo).
 
Os principais sinais são:
  • Avermelhamento no local;
  • Edema (inchaço);
  • Bolinhas avermelhadas e áreas grosseiras;
  • Descamação;
  • Áreas de fissuras, machucados ou com coloração diferente da pele normal.
 
É difícil uma pessoa leiga identificar e saber diferenciar processos alérgicos de infecciosos; por isso, em qualquer sinal de mudança na pele, é recomendável conversar com pediatra.
 
Quando houver ressecamento intenso,aplicar um hidratante duas vezes por dia. O ideal é aplicar hidratantes como uma terapia preventiva, pelo menos diariamente para os recém-nascidos e lactentes que têm história familiar de atopia (alergia). É fundamental escolher hidratantes próprios para bebês, pH neutro, sem perfumes e sem conservantes.
 
É normal o aparecimento de descamação na pele? O que fazer?
É normal haver uma leve descamação em toda pele dos neonatos, que tende a se resolver em 24 a 36h, mas pode durar até a terceira semana de vida.

A pele do bebê é protegida por um material gorduroso branco-acinzentado, denominado verniz caseoso. Essa camada funciona como uma cobertura protetora, derivada, em parte, pela secreção das glândulas sebáceas e, em parte, do produto da decomposição da pele do neonato.

Pode ocorrer também, uma penugem fina, macia chamada de lanugo. Ele pode cobrir o couro cabeludo, testa, bochechas, ombros e costas. O lanugo é mais comum nos prematuros e deve desaparecer dentro das primeiras semanas de vida.

Na hora do banho o que fazer?
  • Os recém-nascidos podem tomar banho após a primeira hora de vida. Alguns cuidados na hora do banho:
  • Para minimizar a perda de calor após o primeiro banho, colocar imediatamente uma toalha-fralda no corpo do bebê e alguma proteção na cabeça (muitas vezes já associada à toalha de banho);
  • Ideal usar água morna (nunca muito quente);
  • Deixar água suficiente para cobrir o ombro do recém-nascido;
  • Manter o ambiente do banho aquecido;
  • Usar sabonetes específicos para bebês, com pH neutro e de preferência sem cheiro;
  • Secar cuidadosamente as dobras da pele incluindo axilas, virilha, pescoço e atrás das orelhas;
  • Limpar a banheira antes e depois do uso para remover os restos celulares que foram removidos no banho.

Importante:
Evite dar banho no bebê com muita frequência. O ideal é 1 banho por dia para evitar a remoção da oleosidade natural da pele do bebê que é uma forma de hidratação. Banhos em excesso podem deixar a pele ressecada e agravar qualquer tipo de dermatite.
 
+ Saiba Mais
, ID:86
17 Ago 2020

Estrias

O que é?

As estrias são cicatrizes suaves em locais onde houve estiramento excessivo da pele, levando a um rompimento prematuro das fibras.

As razões do seu aparecimento não são totalmente claras mas fatores hormonais são relevantes, pois as mulheres são mais suscetível na época da puberdade e gravidez. Na fase as estrias são arroxeadas demonstrando um estado inflamatório da pele. Nesta fase ela é mais fácil de ser tratada com a utilização de lasers que diminuem o eritema e a tendência para cicatriz. A estria vermelha é totalmente diferente da estria branca pois a primeira é considerada a fase inicial, inflamatória, com vasodilatação, e a segunda é cicatricial sem inflamação e com cor esbranquiçada.

As estrias brancas representam o aspecto final da estria, já estão consolidadas, não há mais processo inflamatório e são mais difíceis de tratar.
 
+ Saiba Mais
, ID:34
18 Ago 2020

Flacidez

O que é?
A flacidez aumenta conforme a idade e, decerto, está relacionada à diminuição da formação de colágeno assim como o desgaste das fibras já existentes. Assim, a elasticidade também diminui, pois ocorre destruição das fibras elásticas, principalmente pelos danos cumulativos do sol. No rosto, na região do queixo e do pescoço aumenta a flacidez devido à falta de sustentação. O músculo platisma, que insere na região da mandíbula, contribui sobretudo para puxar a pele para baixo e aumentar a flacidez.

No corpo, a pele também fica flácida e a musculatura atrofia, principalmente nos indivíduos que não praticam atividades físicas. Afinal, os músculos precisam ser exercitados para manterem o tônus e sustentarem a pele.
Vários fatores contribuem com a piora da flacidez como, por exemplo, o sol, o processo de envelhecimento, se alimentar de forma inadequada, falta de atividade física, doenças, entre outros.

Como tratar?
Há vários tipos de tratamentos para pele ficar menos flácida, desde cremes com ácido retinóico até procedimentos como radiofrequência, infravermelho e laser. A ideia, então, é estimular a formação de colágeno de melhor qualidade para tonificar a pele.

Contudo, um novo aparelho parece ser interessante neste objetivo. Trata-se de um ultrassom focado que atinge as camadas profundas da pele, chegando, portanto, à fáscia muscular. Este aparelho emite ondas de ultrassom bastante concentradas que, ao atingirem a musculatura, provocam uma contração efetiva nesta região promovendo tonificação intensa.

Tratamentos
A flacidez é difícil de tratar, pois o indivíduo precisa estar saudável. Dessa forma, é necessário se alimentar de forma adequada e fazer exercícios regulares. Assim, o tratamento consiste em: massagem, aparelhos modeladores e infiltração.
 
+ Saiba Mais
, ID:35
22 Jul 2020

Foliculite

Uma infecção causada por bactérias e que visualmente se manifesta em forma de bolinhas vermelhas ou com pus, semelhante à acne.

Esta lesão é causada por bactérias que podem surgir normalmente na pele de pessoas predispostas ao problema e pode ser agravada pela contaminação do ambiente (exemplo – toalhas e roupas).
 
Fatores que podem piorar o quadro:
  • Roupas apertadas e abafadas
  • Calor local
  • Intervalo prolongado entre um banho e outro
  • Excesso de oleosidade na pele
  • Deficiência na imunidade 

Como tratar
O tratamento é feito basicamente com antibióticos em cremes ou até por via oral, além das medidas de prevenção. A prevenção pode ser realizada evitando banhos quentes e longos, lavando bem as mãos após contato com poeira (sujeira) e produtos químicos, através da higienização das roupas e principalmente, usando roupas confortáveis e adequadas a temperatura ambiente.
 
+ Saiba Mais
, ID:36
22 Jul 2020

Herpes Simples

O que é?
O herpes é uma doença infecciosa que ocorre pela agressão de um vírus. Existem 2 tipos diferentes de vírus VHS-1 e VHS-2.

Cerca de 90% dos indivíduos tem sorologia positiva para VHS-1, o vírus pode ser transmitido através de gotículas respiratórias, contato direto com uma lesão ativa ou contato com um líquido que contem o vírus, como saliva ou secreção.

Os principais sintomas incluem (após 3 a 7 dias do contato), sensibilidade, dor e queimação, muitas vezes antes de aparecer a lesão.

 lesão típica do herpes se caracteriza por vesículas (bolinhas) agrupadas em uma pele vermelha, com a evolução, estas lesões formam cascas (crostas) no local.

As lesões de herpes podem recidivar e isso ocorre por traumatismo na pele(Ex: exposição à luz, rachaduras) ou alteração sistêmicas (Ex:menstruação, fadiga ou febre) que reativam o vírus e produz nova lesão

Como tratar?
Uma série de medidas podem ser tomadas para aliviar o desconforto e promover a cura, o uso adequado de antiviral oral e tópico é fundamental e será orientado pelo dermatologista.

Para evitar o herpes labial a pessoa deverá evitar o sol excessivo e usar um protetor solar nos lábios para protegê-los.

No caso de uma gripe forte, quando normalmente o organismo já está debilitado, a pessoa deve se cuidar bastante e evitar fatores como o estresse.

Existem também vacinas, que não são consideradas a melhor terapêutica, e a prescrição de cremes para uso local. Mas, vale ressaltar que todos esses tratamentos não eliminam o vírus mas, sim, fazem com que melhore uma situação local com a redução do tempo de inflamação.
 
+ Saiba Mais
, ID:37
22 Jul 2020

Hiperidrose

O que é?
A Hiperidrose se caracteriza por uma produção excessiva de suor. Pode ser localizada em pequenas áreas, tais como palmas das mãos, plantas dos pés e axilas, ou generalizadas em diversas áreas.

A quantidade de suor produzida por uma pessoa varia segundo a idade, sexo, raça e local de moradia. Os estímulos que influenciam as glândulas sudoríparas são: calor externo, exercício físico, vários tipos de doenças e alterações emocionais.

Outro aspecto interessante, e que deve ser lembrado, é que o suor propriamente dito assim é eliminado da glândula sudorípara, não apresenta nenhum odor. Mas, a medida que ele permanece na pele, há um crescimento de bactérias provocando um cheiro desagradável. Na verdade existe um paralelo, quanto maior a quantidade de suor, mais intenso será o odor, porque as bactérias vão crescer com mais facilidade e intensidade.

A hiperidrose atrapalha a autoestima e até diminui a vida social da pessoa. A sudorese excessiva pode ocorrer nas axilas, deixando a roupa manchada, com cheiro mais forte, ou pode acontecer nos pés ou nas mãos. Neste último caso, as mãos ficam constantemente molhadas, dificultando a realização de determinados tipos de trabalho, como escrever, digitar, etc… Em geral, não há doenças associadas à hiperidrose, e ela está ligada a uma tendência pessoal ou a uma situação de estresse com muita ansiedade.
 
Como tratar?
 
Tratamento tópico
O tratamento da hiperidrose passa pela utilização de desodorantes e antiperspirantes. O desodorante especificamente não interfere na quantidade de suor, mas sim no odor. Eles são formulados a base de agentes bactericidas ou bacteriostáticos, que impedem o crescimento das bactérias e, portanto, diminui e o cheiro do suor. Desodorantes antiperspirantes ou antitranspirantes são formulações utilizadas no local (pele) para diminuir a produção de suor.

Por definição um produto antiperspirante é designado como um produto que inibe a produção da glândula sudorípara no local. Diminuindo o suor no local, o antiperspirante também inibe o mau odor, pois havendo menos suor também haverá menos odor.

Exemplos de substâncias usadas nos desodorantes: triclosan, sais de zinco, inibidores enzimáticos, chitosan, entre outros.

A hiperidrose axilar pode responder a antiperspirantes potentes, como os sais de alumínio ou zinco, por oclusão dos dutos sudoríparos.

O cloreto de alumínio a 20% é ainda o agente mais efetivo e amplamente utilizado para o controle da forma localizada da hiperidrose.
 
Toxina Botulínica
Outra opção de tratamento para hiperidrose é o uso da toxina botulínica. Essa toxina bloqueia a ação da acetilcolina, que é necessária para a sudorese. Ela é aplicada com agulha ponto a ponto, em toda região das mãos e dos pés, e se for o caso, nas axilas.

Com o bloqueio da acetilcolina há uma suspensão de cerca de 80% da sudorese nos locais onde a toxina é aplicada, sem causar nenhum efeito colateral, uma vez que a pessoa continua suando no restante do corpo. Na realidade, o tratamento inibe o excesso de suor que prejudica a pessoa e tem duração de em média de 8 meses.
 
Tratamento sistêmico
Em alguns casos, a sudorese é tão copiosa que as medidas já relacionadas não funcionam, fazendo-se necessária a medicação sistêmica, combinada ou não com agentes tópicos. Drogas de ações anticolinérgicas são utilizadas, resultando em efeitos temporários.

A clonidina, sedativo e agonista alfa-adrenérgico, vem sendo útil na hiperidrose relacionada, especialmente à menopausa e ao uso de anti-depressivos tricíclico.
 
Tratamento cirúrgico
 A hiperidrose axilar pode ser tratada por cirurgia, onde as glândulas sudoríparas locais são retiradas por curetagem. Também há técnicas de radiofrequência que preconizam destruir a glândula pelo calor local. São feitas de 4 a 6 sessões semanais ou quinzenais. As sessões duram cerca de 15 minutos e liberam muito calor no local.

Simpatectomia é a cirurgia dos nervos simpaticos, reservada para os casos resistentes a outras formas de tratamento. Consiste no corte ou clipe de alguns nervos simpaticos para reduzir a atividade da glandula.
 
Iontoforese
Terapia que usa um aparelho elétrico para neutralizar as glândulas sudoríparas por meio de correntes iônicas. Ao utilizar o aparelho (20 minutos no local duas vezes ao dia) ocorre o estreitamento do ducto e um estímulo para que se produza menos suor.

Em dez dias, as aplicações começam a fazer efeito e a transpiração diminui, mas o paciente vai ter de fazer uso do aparelho para sempre.
 
+ Saiba Mais
, ID:38
17 Set 2020

Melasma

Melasma é alteração adquirida na pele, muito comum, caracterizada por manchas escuras acastanhadas, com certa simetria, que ocorrem nas áreas expostas ao sol, principalmente na face.

As principais causas incluem herança genética, exposição à radiação ultravioleta ?UV (luz solar) e influências hormonais (pílulas e gravidez).

O melasma é comum na gestação, devido ao estímulo hormonal, e ocorre em cerca de 70% das mulheres grávidas, recebendo o nome de cloasma gravídico.

A exposição aos raios solares pode provocar seu aparecimento, sendo o principal fator para o escurecimento.

Além dos fatores hormonais e da exposição solar, a tendência genética e as características raciais também influenciam no desencadeamento do melasma.

Manifestações
A dermatose se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras ou acastanhadas na face, principalmente nas regiões malares (maçãs do rosto), testa, nariz e buço.

Tratamento
O tratamento continua a ser um desafio e inúmeras opções, incluindo agentes tópicos, peelings químicos e lasers têm sido utilizadas para o clareamento das lesões.

O cloasma gravídico, em alguns casos, pode desaparecer espontaneamente após a gravidez sem necessidade de tratamento.

Após a gestação, para os casos que não houve regressão do melasma gravídico, é necessário fazer o tratamento com despigmentantes.

O uso de protetores solares potentes é fundamental para a prevenção e tratamento do melasma, e deve ser usado sempre que houver exposição ao sol ou mormaço.

Recomenda-se uso de protetores, preferencialmente físicos, com FPS>50 e que devem ser reaplicados a cada 2 horas.

Mesmo com o uso de filtro, é bom evitar se expor entre 10 e 16 horas, período de maior incidência dos raios ultravioletas. O uso de chapéu, óculos e manter-se à sombra também são importantes para evitar o melasma.

Após clareamento das lesões, a proteção solar deve ser mantida para evitar recidiva das manchas.

O tratamento tópico é feito com o uso de cremes com substâncias despigmentantes (clareadoras), associadas a algum ácido, que aumenta a eficácia do tratamento. Eles atuam nas várias etapas da formação do melasma e os principais agentes são: hidroquinona, tretinoína, ácido azeláico, ácido kógico, ácido tranexâmico, corticoides e outros despigmentantes.

Quando o pigmento se localiza mais profundamente, a melhora é mais difícil, exigindo persistência para se obter um bom resultado. Nestes casos, são associados alguns procedimentos como peelings químicos, microdermoabrasão, luz intensa pulsada, laser e microagulhamento. Os procedimentos devem ser realizados por médico especializado.

Os Peelings superficiais, facilitam a penetração dos despigmentantes e ajudam a remover o pigmento das camadas superiores da pele. São realizados no consultório por profissional habilitado.

O tratamento com o laser ND-Yag (Spectraâ) é o primeiro aprovado pelo FDA especificamente para o tratamento do melasma. Utiliza pulsos de alta intensidade e ultra-rápidos para o tratamento das lesões pigmentadas.

Microagulhamento: é um equipamento composto de um pequeno cilindro, incrustado por centenas de micro agulhas, cuja finalidade é provocar microlesões na superfície, promovendo a formação de colágeno, renovação celular e clareamento.

Você sabia que existem 2 tipos de filtro solar?
? Filtros Físicos: possuem os ativos dióxido de titânio e óxido de zinco e refletem a luz solar. Não são absorvidos pela pele e formam um filme, que evita a penetração da luz solar.

? Filtros Químicos: possuem substâncias incolores que reduzem a quantidade de radiação, absorvendo os raios solares.

Ambos são liberados para uso na gravidez.
+ Saiba Mais
, ID:39
08 Set 2020

Molusco contagioso

Deve-se iniciar o tratamento quando surgem as primeiras lesões, evitando a disseminação que ocorre em alguns casos
O molusco contagioso é uma lesão causada por um vírus, muito comum em crianças e que tem como tratamento mais efetivo a curetagem da lesão.
 
Neste procedimento, o dermatologista irá curetar (raspar) todas as lesões que são facilmente removidas. Há necessidade de anestesia tópica e em algumas vezes associação com medicamentos tópicos para evitar recidiva da lesão.
+ Saiba Mais
, ID:134
18 Ago 2020

Olheiras

O que é?
Nada mais que uma diferença de tonalidade entre as pálpebras inferiores e o resto da face. Falando assim, até parece que elas não têm tanta importância. Mas esta desigualdade resulta em grandes consequências: aspecto de cansaço, de mais idade e, em casos extremos, a impressão de se estar drogado ou alcoolizado. Enfim, quem é acometido por este mal sofre em saber que sua aparência não lembra saúde.O que é?As olheiras representam alterações de relevo e cor que ocorrem na área abaixo dos olhos. A verdadeira ou única causa desta alteração não existe, pois trata-se de uma combinação de fatores, que acabam provocando as olheiras propriamente ditas. Vale lembrar que elas são muito perturbadoras em relação a qualidade de vida, sendo que, para escondê-las, vale tudo, desde óculos escuros, até vários tipos de maquiagem corretiva.

Existem muitos tipos de olheiras e, portanto, o diagnóstico e a especificação são cruciais para escolher o melhor tratamento. A seguir vamos enumerar essas variações para entender a escolha terapêutica.
Olheira por pigmentação vascular, geralmente ocorre em pessoas jovens com pele fina, que por transparência permite a visualização dos vasos, deixando a área bem escurecida. Esse tipo de olheira ocorre com frequência em certos povos, como árabe e mediterrâneo. Neste tipo de olheira, usamos alguns lasers que destroem os vasos. São necessárias de 3 a 6 sessões, com intervalo quinzenal e o resultado final ocorrerá somente após 3 a 4 meses. A olheira em pessoas jovens também pode ocorrer devido a conformação da face, que apresenta o olho afundado, repercutindo sombras escurecidas. Neste caso, o tratamento é feito com preenchedor para diminuir esse degrau e melhorar a aparência da olheira. O ácido hialurônico, com menos viscosidade, é usado em pequenas quantidades e a duração é de cerca de 2 anos. O procedimento é feito com anestesia local e uso de cânula, que evita o aparecimento de hematomas.

Outro tipo de olheira muito frequente é aquele que combina alteração de cor, tanto do pigmento melanina, como pigmento vascular, com flacidez. Nesse caso usamos peelings e também a radiofrequência microagulhada. O peeling pode ser médio (ácido tricloroacético)  ou profundo (fenol) e irá provocar descamação com clareamento e tonificação da pele. O peeling médio e profundo é feito 1 ou 2 vezes e a recuperação da pele demora cerca de 10 dias. A radiofrequência microagulhada, é um aparelho que emite uma onda de calor associada à puntura das microagulhas. Trata-se de uma ponteira, que quando entra em contato com a pele fura e ao mesmo tempo emite calor. Esse “furo” das agulhas é microscópico, sendo que a pele fica edemaciada e vermelha por 4 a 5 dias.

Existem pessoas com olheiras que apresentam bolsas de gordura, escurecimento e flacidez. Nesses casos, além da radiofrequência e do laser para os vasos, também podemos utilizar o ultrassom microfocado. Este aparelho emite ondas de calor que atingem a profundidade da pele, melhorando a flacidez e diminuindo o excesso de gordura.

Os cremes para o tratamento das olheiras não conseguem eliminá-las, mas sim, melhorar a qualidade da pele e também promover um grau de clareamento. São usadas vitamina K, C, E, ácido tranexâmico, ácido tioglicólico, além de hidratantes e corretivos.

A olheira é um grande desafio para o médico e o paciente.

Como lição final deste texto, lembrar da importância do diagnóstico do tipo de olheira, pois este vai definir o melhor tratamento possível para cada caso.
 
Como tratar
Como tratar as olheiras causdas por excesso de vasos sanguíneos

1. Compressas de chá de camomila gelado funcionam em casos de olheiras causadas por vasodilatação. Elas promovem uma constrição dos vasos do local, aliviando o tom arroxeado. A camomila é calmante e tem ação vascular.

2.  Cremes específicos que contêm ingredientes que clareiam as olheiras (vitamina C, ácido Kójico, ácido fítico, arbutin e hidroquinona) – ativam a circulação e drenam os líquidos da região, evitando a inchaço (camomila, hamamélis, tília, arnica, bardana e vitamina K1). Sozinhos os produtos anti olheiras não fazem milagre. São mais eficientes quando usados como coadjuvantes de outros tratamentos. Os cremes devem ser aplicados fazendo massagem no sentido horário, de forma suave, em movimentos circulares, 2 x ao dia. Se houver bolsas de gordura embaixo dos olhos, aplicar pequenas porções do creme na região, dando leves batidinhas com a ponta dos dedos.

3.  Fontes de Luz (Luz Pulsada, Lasers Nd-Yag e Dye Laser) são os métodos mais modernos para eliminar olheiras. A energia do laser é atraída pelo pigmento do vaso e acaba destruindo o mesmo, que então é metabolizado. Produz bons resultados em pessoas de pele clara, que têm vasos bem aparentes. São necessárias, no mínimo, seis sessões. Durante esse período, filtro solar é indispensável, pois a pele pode manchar em contato com o sol.

4.  Preenchimento com ácido hialurônico (AH): o preenchimento do sulco nasojugal e canal lacrimal com AH pode ser uma boa opção. Ele ameniza a sombra causada pelo sulco devido a perda de colágeno na região. Deve ser realizado por médico especializado.
 
Como tratar o excesso de melanina
Peelings suaves, à base de ácidos retinóico ou glicólico, em concentrações adequadas, promovem a renovação da camada superficial da pele, amenizando o problema. Realizado no consultório médico, o procedimento pode ser aplicado apenas nas pálpebras ou em todo rosto, dependendo da qualidade da pele da paciente.

Laser ND-Yag e peeling feito com o laser Erbium Yag são os mais indicados para tratar esse tipo de olheira.
 
Como tratar as bolsas
Dependendo da causa: retenção de líquido ou acúmulo de gordura, há tratamentos específicos.

1. A drenagem linfática, massagem que estimula a circulação sanguínea e linfática, é indicada para casos de retenção de líquidos na região embaixo dos olhos. A drenagem pode ser feita manualmente por uma esteticista especializada.
2. A cirurgia plástica é uma solução definitiva para quem tem acúmulo de gordura embaixo da pálpebra. Com bisturi ou laser, o médico remove a bolsa de gordura e, se necessário, o excesso de pele.
 
Disfarçando as olheiras com corretivo – O uso de corretivo é uma boa alternativa para o dia a dia.
 
Corretivo amarelado – Ele neutraliza os pigmentos arroxeados das olheiras e é usado como um pré-corretivo. Deve ser aplicado sobre as manchas com leves batidinhas. Após alguns segundos, é indicado espalhar o corretivo bege. Para acertar na tonalidade do corretivo, teste-o no pulso; ele deve ter a mesma cor dessa área do corpo.
 
O sono, um forte aliado – O sono permite que a pele se renove. Depois de uma noite bem dormida, a pele fica descansada. Cada organismo tem necessidades diferentes em relação ao sono. Há pessoas que se sentem bem com 5 horas, outras precisam de 10 horas. O importante é descobrir a sua necessidade de sono diário e respeitar este período. A média é de 8 horas e se você é daquelas que pensam que dormir é perda de tempo, saiba que durante o sono o organismo libera hormônios indispensáveis para uma série de processos vitais. Muitas atividades de regeneração são feitas durante o sono. Exemplos? O cansaço estimula a flacidez, acentuando o problema da bolsa de gordura. O estresse acentua a vasodilatação e a produção de melanina, piorando a olheira.
 
+ Saiba Mais
, ID:40
08 Set 2020

Psoríase

O que é?
Psoríase é um doença inflamatória crônica, imuno-mediada que afeta aproximadamente 2% da população. A apresentação clínica mais comum é a psoríase em placas que afeta 85 a 90% dos pacientes com a doença.

Nessa forma as lesões caracteristicamente são avermelhadas e descamativas estão localizadas frequentemente na pele dos cotovelos, joelhos e corpo. O acometimento da unhas está presente em torno de 50% dos pacientes enquanto outras formas como a palmo plantar, gutata e eritrodérmica são menos prevalentes.

Essa doença está associada a um alto impacto na qualidade de vida. Muitos pacientes sentem-se envergonhados por suas lesões, escondem-se do mundo, afastam-se do ambiente social e até do trabalho, passam por situações de constrangimento e preconceito, sentindo-se deprimidos, isolados e desesperançosos.

Além disso, os paciente com psoríase têm uma maior chance de desenvolverem doenças cardiovasculares, depressão e artrite psoriásica.

Uma associação entre susceptibilidade genética associada à alterações do sistema imunológico e fatores ambientais levam ao desencadeamento da psoríase. As principais células envolvidas nessa doença são os linfócitos T (células responsáveis pela defesa do organismo) que são ativados e então liberam substâncias inflamatórias (citocinas).

Isso desencadeia uma série de acontecimentos como a dilatação de vasos, o recrutamento de células inflamatórias para a pele e a aceleração do ciclo de formação das camadas da pele levando ao aspecto que conhecemos de lesões avermelhadas e espessas com descamação.

Os principais fatores que podem desencadear ou piorar a psoríase e que devem ser evitados são:
  • Infecções
  • Estresse;
  • Variações climáticas;
  • Tabagismo;
  • Alguns tipos de medicamentos, como antidepressivos;
  • Alterações bioquímicas como a hipocalcemia. 
 
Como tratar?
 O tratamento de cada paciente deve ser individualizado. É necessário avaliar o tipo de apresentação da doença, a localização das lesões, coexistencia ou não da alteração na articulação, impacto na qualidade de vida, presença de outras doenças concomitates e uso de outros medicamentos.

Três modalidades principais são utilizadas no tratamento da psoríase isolados ou em combinação: agentes tópicos como cremes e pomadas, fototerapia com radiação ultravioleta (UVB ou UVA) e medicações sistêmicas.

Os principais medicamentos tópicos incluem: Emolientes; Antinflamatorios tópicos; Análogos da Vitamina D e Imunomoduladoras. A fototerapia e as medicações sistêmicas são indicadas em pacientes com psoríase moderada a grave. Os principais medicamentos sistêmicos incluem metotrexato, ciclosporina, retinoides e os biológicos. O ideal é uma avaliação de um especialista para início do tratamento.
 
Quais são os tipos de Psoríase
? Psoríase em placas: é a forma mais comum da doença, afeta 80% das pessoas que possuem a dermatose. É encontrada principalmente nos cotovelos, joelhos, dorso e couro cabeludo.

? Psoríase do couro cabeludo: geralmente associada à psoríase em placas, atinge entre 50% e 80% da população que possui a doença. O couro cabeludo fica vermelho, com escamas, podendo coçar. Às vezes as lesões se extendem e acometem a região da testa também.

? Psoríase ungueal: afeta as unhas das mãos e dos pés. Faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse, escame, mude de cor e até se deforme. Em alguns casos, a unha chega a descolar do leito ungueal.

? Psoríase palmoplantar: lesões que podem ocorrer só nas palmas, só nas plantas ou nos dois locais. O aspecto pode ser de engrossamento da pele com descamação levando a rachaduras doloridas. As lesões podem ser vermelhas com descamação e também podem ter pústulas.

? Psoríase gutata: esse tipo de psoríase atinge, na maioria dos casos, crianças e adolescentes e aparece como pequenos pontos vermelhos escamosos na pele. A psoríase gutata pode, posteriormente, transformar-se em psoríase em placas mas também têm maior chance que os demais tipos de curar e não surgirem mais lesões-Psoríase pustulosa generalizada: pode ocorrer por dois motivos: complicação da psoríase em placa ou resultado da interrupção do tratamento da doença. Esse tipo da doença aparece em menos de 5% das pessoas que a possuem.

? Psoríase invertida: esse tipo é menos comum e ocorre em forma de manchas vermelhas que podem ficar descamativas ou podem também ficar lisas e brilhantes devido à umidade do local. Aparecem nas dobras da pele, normalmente nas axilas, virilha, debaixo das mamas e na região interglútea.

? Psoríase eritrodérmica: é um dos tipos mais raros de ocorrer, mas um dos mais graves da doença. Ela pode aparecer em forma de manchas vermelhas escamosas que cobrem quase o corpo inteiro, comprometendo a proteção da pele, podendo levar a desidratação, infecções e eventualmente necessitando internação do paciente.

? Artrite psoriásica: estima-se que 30% das pessoas que possuem psoríase também desenvolvem a artrite psoriásica. Essa doença é caracterizada por dor, rigidez e inchaço em torno das articulações e pode levar a deformidades, devendo ser tratadas com muita atenção.
  
Qual a gravidade de minha Psoríase?
Fototerapia consiste na exposição da pele à luz ultravioleta de forma consistente e com supervisão médica e deve ser feita duas vezes por semana em uma clínica especializada.

Metotrexato é um medicamento imunossupressor que controla a inflamação da psoríase e da artrite psoriásica. Pode ser usado na forma oral ou injetável intramuscular ou subcutânea. Não pode ser usada em pacientes gestantes ou na amamentação.

Por ser metabolizada no fígado, deve ser considerado com cautela em pacientes com doença hepatica prévia ou etilistas. Alguns efeitos adversos são nausea e mal estar quando a medicação é ingerida.

Acitretina é um retinóide usado de forma oral. Por ser teratogênica, não pode ser usada em mulheres em idade fértil. Pode ser usada em diversos tipos de psoríase como na eritrodérmica, na pustulosa e na vulgar.

Alguns efeitos adversos são a boca seca, queda de cabelo que é reversível e risco de toxicidade hepatica e aumento dos níveis de colesterol.

Ciclosporina é uma medicação muito eficiente para psoríase porém deve ser usada por tempo limitado pois pode causar aumento da pressão arterial e toxicidade para os rin
 
Biológicos?
Os imunobiológicos são anticorpos humanos ou animais, modificados em laboratório, que agem sobre determinadas proteínas, eliminando ou impedindo o crescimento de células anormais. Vários são os medicamentos disponíveis hoje com comprovação de eficácia para o tratamento da psoríase e da artrite psoriásica.

A cada ano novos medicamentos estão sendo estudados e desenvolvidos atinginindo respostas cada vez melhores para o tratamento da psoríase.

No Brasil, atualmente, temos o infliximab, adalimumab e etanercept, ustekinumab e secukinumab para tratamento da psoríase. Apenas o infliximab é usada de forma intravenosa e deve ser aplicado em centro de infusão a cada 2 meses.

As outras medicações são usadas de forma subcutânea através de injeção que pode ser aplicada pelo próprio paciente em casa. Por isso, essa classe de medicamento ficou popularmente conhecida como ?vacina? para psoríase. O intervalo das aplicações varia dependendo da medicação usada.

Novos biológicos como o ixekizumab e o guselkumab também estarão disponíveis no Brasil em 2018. Eles apresentam uma alta taxa de controle das lesões de psoríase com muitos pacientes atingindo melhora de 100% das lesões e por longos períodos.

Durante o uso de biológicos, há um risco aumentado de ocorrência de infecções, como por exemplo a reativação de tuberculose. Por isso, antes do início do tratamento, deve ser colhida uma bateria de exames afim de diagnosticar essas alterações.

Vacinas com vírus vivo atenuado também devem ser feitas antes do uso dos medicamentos.
Outra medicação já liberada pelo FDA nos EUA é o Apremilast, indicado para tratar psoríase e artrite psoriásica. Tem a vantagem de ser de uso oral e apresentar baixo risco de efeitos colaterais.  Porém, essa medicação ainda não está disponível no Brasil.
 
O que há de novo?
 Uma opção para tratar lesões localizadas de psoríase quando não melhoram com medicações tópicas mas não queremos expor o paciente aos riscos associados aos medicamentos sistêmicos é o tratamento pela MMP®. Essa técnica é capaz de infundir medicamentos como o metotrexato e a ciclosporina diretamente nas lesões de psoríase, sendo uma boa opção para lesões resistentes e em áreas difíceis como na psoríase ungueal.

Essa técnica também pode ser útil em pacientes que já usam medicações sistêmicas como metotrexato, acitretina ou biológico mas permanecem com lesões localizadas de psoríase.
+ Saiba Mais
, ID:41
08 Set 2020

Rosácea

O que é?
A rosácea é uma doença inflamatória que se caracteriza por deixar a pele vermelha e com lesões que lembram espinhas espalhadas principalmente na face. As mulheres entre 35 e 65 anos são as mais comprometidas, principalmente aquelas com pele clara e sensível. Fatores variados, como álcool, calor, frio excessivo e estresse, podem piorar essa condição e causar muito constrangimento e baixa autoestima.

A causa da rosácea ainda não está esclarecida, mas sabemos que os vasos superficiais da face estão comprometidos e dilatados.

Estudos apontam para uma combinação de fatores hereditários e ambientais. Uma série de fatores pode desencadear ou agravar a rosácea, aumentando o fluxo de sangue para a superfície de sua pele. Alguns destes fatores incluem:
  • Alimentos quentes ou bebidas
  • Alimentos picantes
  • Álcool
  • Temperaturas extremas
  • Exposição ao sol
  • Estresse, raiva ou vergonha
  • Exercício físico extenuante
  • Banhos quentes ou saunas
  • Uso de corticosteroides
  • Uso de medicamentos que dilatam os vasos sanguíneos, incluindo alguns medicamentos para pressão arterial. 

Como tratar

Tratamento Clínico
O tratamento das doenças crônicas, que não têm origem conhecida, são um desafio para o dermatologista. No caso da rosácea, o tratamento do tipo mais comum é feito com produtos tópicos, como metronidazol, ácido azelaico, peróxido de benzoila e retinoides tópicos.

O objetivo principal do tratamento é diminuir a inflamação do paciente, usando as substâncias citadas cerca de 1 a 2 vezes por dia.

Outra alternativa é a utilização de oximetozolina e da brimonidina. Ambos diminuem e controlam o flushing (vermelhidão). É bom lembrar que eles não curam a rosácea, mas diminuem o avermelhamento. Os inibidores da calcineurina também melhoram a inflamação.

Para a rosácea ocular grave é necessário utilizar o antibiótico via oral. Eles são utilizados até o controle clínico da doença e, com o tempo, a dose do remédio vai baixando aos poucos.

Já a isotretinoína oral pode ser utilizada nos quatro tipos de rosácea. O tratamento dura em torno de 3 a 4 meses. Em todas essas situações, pode haver associação dos medicamentos com o laser.
 
Laser
Também é importante o uso do laser ou da luz pulsada para vasos. A luz do laser atinge os vasos, promove sua destruição e clareia a região. Os tipos de laser mais utilizados são o Pulsed Dye Laser e Nd Yag. O laser é o único recurso capaz de destruir os vasos.
+ Saiba Mais
, ID:42
22 Jul 2020

Verruga

O que é?
Verrugas são uma infecção viral comum da pele e mucosas, causadas pelo papiloma vírus humano (HPV) que contém DNA e possui cerca de 70 subtipos.

Nas lesões benignas são chamadas verrugas enquanto que as displasias (atípicas) denominam-se condiloma a papiloma.

Cerca de 5% das crianças apresentara algum tipo clínico de verruga. Elas podem ser planas, vulgares, filiformes, entre outros. Aparecem como pápulas cru caroços cor da pele, endurecidos, com certa rugosidade e alguns pontos pretos na superfície. Estes pontos são a representação de pequenos vasos trombosados.

Muitos sinais que aparecem na pele são chamados erroneamente de verrugas. Assim é que, qualquer pinta mais elevada. ou até mesmo alguns tumores são considerados como verrugas, É preciso estar atento, porque estas alterações, as verrugas propriamente ditas, são determinadas por vírus e, portanto, podem ser contagiosas tanto para o próprio indivíduo quanto para os que com ele convivem.

Elas podem aparecer em qualquer parte da pele, mas são mais frequentes nos dedos, joelhos e cotovelos. Quando aparecem na planta dos pés, são chamadas popularmente de “olhos-de-peixe” e, na mucosa genital, denominam-se condilomas.

Às vezes, aparecem muitas verrugas ao mesmo durante um período demonstrando que a pessoa apresenta algum tipo de predisposição ou que está com algum problema em relação a sua imunidade.

As verrugas genitais são transmitidas por contato sexual, por isso consideradas como doença sexualmente transmissível.

Há fatores ambientais associados à aquisição das verrugas. Indivíduos que trabalham com as mãos úmidas adquirem verrugas com mais facilidade, assim com aqueles que roem unhas.

Pacientes portadores de hiperidrose (sudorese intensa) também são comprometidos mais frequentemente.
 
Como tratar?
Existem vários tratamentos para as verrugas, dependendo da idade da pessoa, da localização, tratamentos anteriores, etc… Dependendo do caso, pode-se usar pomadas, queratolíticos, ácidos, bisturi elétrico, criocirurgia (com nitrogênio líquido), infiltrações de medicamentos específicos e laser.

O tratamento pode obter resultados positivos rapidamente mas, às vezes, pode ser prolongado e cansativo.

Os cuidadas gerais, portanto, são sempre aconselháveis: manter as mãos sempre limpas e sem machucados, não fazer tratamentos caseiros (do tipo colocar ervas ou ácidos domésticos), evitar contato com pessoas infectadas e não demorar para procurar o tratamento quando a primeira lesão surgir.

Existem inúmeras técnicas para a retirada de verruga. Podemos fazer curetagem (raspagem) mais eletrocauterização, as mesmas também podem ser tratadas somente com eletrocauterização. Também são utilizados lazeres, em especial o laser ablativo. Outro método utilizado é o nitrogênio líquido, que é uma queimadura pelo frio e que também elimina a verruga.

São utilizadas técnicas com ácidos, usados no consultório após a raspagem local. O médico dermatologista é o especialista mais indicado para o diagnóstico e tratamento. Há também infiltrações intralesionais com quimioterápicos como bleoxane e nutotrexate.
 
+ Saiba Mais
, ID:43
08 Set 2020

Vitiligo

O que é?
O vitiligo é uma doença de pele não contagiosa, não inflamatória, que causa manchas brancas em qualquer parte do corpo, inclusive nos pelos. Embora sua causa exata não se encontre estabelecida, hoje já conhecemos muito mais sobre essa dermatose.

Trata-se de uma doença autoimune, com auto anticorpos e com células inflamatórias que agridem o melanócito (célula que faz o pigmento) e facilitam o aparecimento das manchas brancas.

O vitiligo pode se apresentar de várias maneiras, como unilateral ou segmentar (somente de um lado do corpo), acrofacial, (ao redor da boca e dos olhos e nas mãos e pés), vitiligo vulgar em várias partes do corpo. Pode também ocorrer somente no cabelo ou nos cílios.

O vitiligo não coça, não dói e não arde e também não compromete órgãos internos. Porém é uma alteração bastante inestética e provoca estresse e baixa qualidade de vida ao seu portador. A doença pode estar em atividade ou estar estacionada, essa informação é muito importante para a escolha do tratamento. O vitiligo não é uma doença genética, porém aqueles que têm parentes próximos com vitiligo têm mais chance de apresentar a doença.

Estudos têm demonstrado que alterações emocionais, estresse excessivo e também perdas importantes, como morte de entes queridos podem desestabilizar o individuo e facilitar o aparecimento das manchas.

O vitiligo pode se apresentar de várias maneiras, como unilateral ou segmentar (somente de um lado do corpo), acrofacial, (ao redor da boca e dos olhos e nas mãos e pés), vitiligo vulgar em várias partes do corpo.

Pode também ocorrer somente no cabelo ou nos cílios. O vitiligo não coça, não dói e não arde e também não compromete órgãos internos.

Porém é uma alteração bastante inestética e provoca estresse e baixa qualidade de vida ao seu portador. A doença pode estar em atividade ou estar estacionada, essa informação é muito importante para a escolha do tratamento.

Como Tratar
Quando o vitiligo está aumentado ou está em atividade usamos:
  • Corticoides em vários esquemas de pulso terapia em doses mais baixas que o usado para outras doenças de pele
  • Minociclina que é um antibiótico com características imunomoduladoras 100mg 1 vez ao dia durante 3 meses com intenção em diminuir a atividade da doença
    Para a pigmentação das manchas usamos:
    • Corticoides de potência alta ou média 3-4 vezes na semana por 3 meses.
    • Fototerapia com luz UVB 2-3 vezes na semana.
    • Além disso são usadas vitaminas antioxidantes como: Vitamina D, Vitamina E, Vitamina B12 e ácido fólico.
    • Também são utilizados alguns aminoácidos como fenilalanina na dose de 50mg/k 1-2 vezes ao dia.
  • O controle do estresse é importante para controlar melhor o vitiligo.
  • Alimentação evitando alimentos inflamatórios que contenham glúten, leite e derivados e açúcar em excesso.

Porém o vitiligo não tem cura definitiva mas sim controle ao longo do tempo é importante tratar o quanto antes para conseguir melhores resultados.
+ Saiba Mais

Na dermatologia...

...o correto diagnóstico é fundamental para o tratamento ideal a cada paciente.