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Clínica

Dermatologia Pediátrica

O Dermatologista é treinado para reconhecer as características próprias das doenças de pele nas crianças: alergias, micoses, viroses, sinais e hemangiomas, merecem cuidados especializados.
 
A pele das crianças é mais sensível que a dos adultos porque na infância ela ainda não apresenta algumas proteções mais específicas. A pele da primeira infância não produz oleosidade de forma eficiente, é fina e ainda não tem as glândulas sudoríparas amadurecidas. Não produzir óleo de forma eficiente, ser mais fina, não ter as glândulas sudoríparas totalmente amadurecidas, ou seja, não apresentar um aspecto tão curtido no sentido de pigmentação.

Vale também destacar que a pele da criança é mais sensível à luz ultravioleta e ao calor, estando mais predisposta ao problema de brotoeja, que nada mais é que o entupimento das glândulas sudoríparas. Portanto, deve-se tomar muito cuidado com a pele da criança na primeira infância, principalmente no verão.
 
Assaduras: a importância da prevenção 
As assaduras estão relacionadas à irritação que a urina pode causar na pele numa área onde há abafamento, calor e dobras. Por isso, é muito importante que as mães tomem determinados cuidados para evitar que as crianças sofram com esse problema.

Em primeiro lugar deve-se redobrar os cuidados com a higiene, evitando que a criança permaneça molhada por muito tempo. Além disso aconselha-se o uso de fraldas que possam absorver e controlar a quantidade de urina. Essas fraldas, se forem de tecido, devem ser de um algodão suave ou descartáveis, de marcas já conhecidas e aprovadas para uso em crianças.

Outro detalhe que deve ser lembrado é que ao trocar a criança deve-se secá-la muito bem. Na hora da troca de fraldas pode-se usar produtos protetores à base de hidratantes ou à base de filmes oleosos e que não sejam irritantes mas, sim, que protejam a pele da criança, tanto do contato com a urina, quanto de fezes e até mesmo do próprio abafamento.

Vale também destacar que a assadura não deve ser vista como um fato normal em crianças pequenas e, sim, como um problema, uma alteração, que pode acontecer com mais frequência na primeira infância. É claro que há crianças que apresentam mais tendência a esse tipo de problema, como por exemplo, as crianças mais gordinhas, as que urinam mais, aquelas que têm a urina mais ácida, ou as que estão com algum problema de diarreia, etc.

Cabe às mães ficarem atentas às trocas de fraldas, ao tipo de produto que estão utilizando nas crianças e, no caso de perceberem qualquer alteração como por exemplo, a pele ficar avermelhada, começar a ter pústulas (um tipo de espinha), ou mesmo surgirem algumas feridinhas, procurar imediatamente um especialista.
 
Alergia: outro problema que pode ocorrer em crianças 
De uma maneira geral a alergia não é um problema típico das crianças. A criança está sujeita à alergia tanto quanto o adulto. O que é mais comum em crianças, em se tratando de distúrbios de pele, é a brotoeja, que é o entupimento da glândula do suor, conforme já mencionado. Isso ocorre porque a criança ainda não tem uma glândula tão competente quanto a glândula do adulto.

Quanto à alergia propriamente dita, ela só vai surgir em crianças consideradas atópicas, ou seja, aquelas que apresentam uma predisposição ao problema. Isso pode ser tanto no aparelho respiratório – sob a forma de rinite, sinusite ou asma – quanto na pele, quando a criança reage a algumas substâncias, de forma diferente das crianças não atópicas.

As crianças atópicas podem reagir ao próprio suor, ao próprio encaloramento, e apresentam muito mais potencial de irritação na pele do que as outras crianças em geral.

Outro tipo de alergia comum em crianças atópicas é o caso da alergia à picada de insetos. Nesse caso a criança é picada por um inseto qualquer e, de repente, ela fica com o corpo cheio de pequenas lesões, algumas vezes até com feridinhas, o que incomoda muito.

A picada e o veneno do inseto funcionam como um alergizante provocando lesões no corpo todo, mesmo que a criança não tenha sido picada em todos esses locais.

As picadas mais comuns de inseto são as de formiga, pulga, borrachudo e pernilongo, e esse tipo de alergia é chamado de estrófulo. Esse tipo de lesão é muito comum nas pernas das crianças e podem deixá-las manchadas e até mesmo com cicatrizes.

Outra alergia muito comum nos atópicos é chamada de eczema atópico. Esse tipo de alergia aparece principalmente nas dobras, onde a região fica avermelhada, coçando muito, podendo até apresentar uma exsudação (um liquido), depois formando cascas. Essas alergias podem estar relacionadas com as substâncias utilizadas na pele, como cremes, cosméticos, produtos repelentes de insetos, etc.
 
Portanto, as alergias mais comuns em crianças são: o estrófulo (alergia à picada de inseto) e o eczema atópico. E, no caso delas aparecerem o mais indicado é procurar um especialista. Para o problema de picada de inseto, existem vacinas que são eficientes dessensibilizando a criança com relação ao problema. Já a alergia atópica é um problema intrínseco da criança, hereditário mas que pode ser amenizado com tratamentos específicos.

Evitando problemas futuros 
Para evitar problemas futuros na pele é importante que desde criança alguns cuidados sejam tomados, tais como, evitar o excesso de sol, evitar lugares muito quentes e ambientes fechados para que a pele não tenha problemas de brotoejas e em caso de assaduras, evitar que a pele fique com machucaduras mais profundas nas áreas das dobras, para que não surjam cicatrizes.

A criança deve ser vista globalmente e, de uma forma geral, cada problema deve ser visto sob a ótica da sua especificidade.
 
A pele do recém-nascido é diferente?
A pele do bebê é diferente da pele do adulto e por isso é importante saber como cuidar. O bebê não possui flora cutânea protetora ao nascer e sua imunidade ainda não é totalmente desenvolvida. A pele é cerca de 50% mais fina, com menos pelos e com menor quantidade de fibras colágenas.

Todas estas características fazem com que o recém-nascido possa absorver substâncias tópicas facilmente, tenha um risco maior de sofrer lesões cutâneas e adquirir infecções (como fungos e bactérias).

Quais são os principais cuidados nos primeiros dias de vida?
 Os cuidados devem considerar limpeza suave com produtos específicos, indicados pelo pediatra ou por um especialista, neutros, sem cheiro, não tóxicos e não abrasivos. Não usar produtos perfumados nos primeiros meses para evitar reação alérgica e irritação na pele delicada do bebê.

É normal que ela fique vermelha quando o recém nascido chora e lábios, mãos e pés tendem a ficar arroxeados e azulados quando o bebê está com frio.

Assim que nasce, o neonato tem um ferimento cirúrgico, que é o coto umbilical. É preciso dar uma atenção especial durante a rotina de higiene para esta ferida: 
  • Lavar as mãos antes de manuseá-lo;
  • Manter a área do coto umbilical sempre limpa;
  • No banho - lavar com sabonete neutro;
  • Ao sair do banho, aplicar álcool a 70%, loção de clorexidine ou seguir as orientações do pediatra;
  • Manter a fralda dobrada se ela ficar em cima do coto para facilitar a secagem;
  • Identificar sinais de infecção (inflamação e mau cheiro);
  • O coto tende a cair com 7 a 10 dias após o nascimento. 

Quais tipos de produtos devem ser evitados?
O risco de toxicidade com o uso de substâncias aplicadas na pele do bebê é maior, especialmente nos prematuros. Assim, todo cuidado deve ser tomado ao aplicar cremes e produtos na pele do recém-nascido, devido ao risco de toxicidade sistêmica (atingir a corrente sanguínea).

Utilizar apenas produtos neutros, sem fragrância e indicado para peles de bebês. É importante seguir a orientação do pediatra e produtos recomendados por especialistas.

Lavar as roupas antes de serem usadas. Utilizar apenas sabão de coco ou aqueles específicos para bebês - sem conservantes e sem perfume.
 
Lavar a roupa, toalhas, lençóis e cobertores separadamente das roupas da família.
 
Como identificar alergia ou irritações na pele do bebê?
 A pele, entre muitas características, tem a função de proteção e a quebra na sua integridade pode favorecer a ocorrência de irritações e até mesmo alguma infecção. O bebê está exposto a vários agentes infecciosos, tanto pelas pessoas que entram em contato, como também por materiais usados em sua rotina de higiene (tesourinhas por exemplo).
 
Os principais sinais são:
  • Avermelhamento no local;
  • Edema (inchaço);
  • Bolinhas avermelhadas e áreas grosseiras;
  • Descamação;
  • Áreas de fissuras, machucados ou com coloração diferente da pele normal.
 
É difícil uma pessoa leiga identificar e saber diferenciar processos alérgicos de infecciosos; por isso, em qualquer sinal de mudança na pele, é recomendável conversar com pediatra.
 
Quando houver ressecamento intenso,aplicar um hidratante duas vezes por dia. O ideal é aplicar hidratantes como uma terapia preventiva, pelo menos diariamente para os recém-nascidos e lactentes que têm história familiar de atopia (alergia). É fundamental escolher hidratantes próprios para bebês, pH neutro, sem perfumes e sem conservantes.
 
É normal o aparecimento de descamação na pele? O que fazer?
É normal haver uma leve descamação em toda pele dos neonatos, que tende a se resolver em 24 a 36h, mas pode durar até a terceira semana de vida.

A pele do bebê é protegida por um material gorduroso branco-acinzentado, denominado verniz caseoso. Essa camada funciona como uma cobertura protetora, derivada, em parte, pela secreção das glândulas sebáceas e, em parte, do produto da decomposição da pele do neonato.

Pode ocorrer também, uma penugem fina, macia chamada de lanugo. Ele pode cobrir o couro cabeludo, testa, bochechas, ombros e costas. O lanugo é mais comum nos prematuros e deve desaparecer dentro das primeiras semanas de vida.

Na hora do banho o que fazer?
  • Os recém-nascidos podem tomar banho após a primeira hora de vida. Alguns cuidados na hora do banho:
  • Para minimizar a perda de calor após o primeiro banho, colocar imediatamente uma toalha-fralda no corpo do bebê e alguma proteção na cabeça (muitas vezes já associada à toalha de banho);
  • Ideal usar água morna (nunca muito quente);
  • Deixar água suficiente para cobrir o ombro do recém-nascido;
  • Manter o ambiente do banho aquecido;
  • Usar sabonetes específicos para bebês, com pH neutro e de preferência sem cheiro;
  • Secar cuidadosamente as dobras da pele incluindo axilas, virilha, pescoço e atrás das orelhas;
  • Limpar a banheira antes e depois do uso para remover os restos celulares que foram removidos no banho.

Importante:
Evite dar banho no bebê com muita frequência. O ideal é 1 banho por dia para evitar a remoção da oleosidade natural da pele do bebê que é uma forma de hidratação. Banhos em excesso podem deixar a pele ressecada e agravar qualquer tipo de dermatite.
 

Na dermatologia...

...o correto diagnóstico é fundamental para o tratamento ideal a cada paciente.